quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A Vida Religiosa: Um desafio para o futuro


A vida religiosa é uma aposta num sentido da vida, numa esperança de que o essencial que nos torna humanos, que nos faz viver tem de entrar no “jogo” da vida. Nossos sonhos de amor não podem ser apenas os sonhos do sono, mas ensaios de realidade, de descoberta da maravilha frágil, efêmera que somos e do direito que todos temos de fazer desabrochar ao máximo a força da vida em nós.

Mas isso tudo é a vida religiosa que conhecemos, mas simplesmente a vida humana que busca seu próprio sentido, diriam vocês. Ora, é justamente isso que necessitamos. Tocar em primeiro lugar na religiosidade da vida humana, no seu mistério que se abre em sentido… Depois “montaremos” as formas de nosso “jogo” e nos apaixonaremos por ele como obra nossa, como arte nossa, como chamado da vida que habita… E seremos capazes de desmanchar o “jogo” quando ele nos levar à idolatria, sobretudo a idolatria religiosa que se crê obra dos deuses e não obra do corpo humano, obra da paixão humana pela vida.

A arrumação do “novo jogo” vai depender muito de nossa coragem interior de enfrentar a beleza e a fragilidade da vida buscando nesse efêmero e nesse frágil seu sentido, sua finalidade… Se houver mais, este mais nos escapa, este mais permanece como reserva desconhecida presente no mistério que nos envolve.

Reconheço que meu discurso é inadequado para a maioria dos religiosos, para os profissionais da religião, para os eclesiásticos porque toca nos “sonhos” tornados realidades ideais, sonhos que sustentam sua vida e os levam a impor esta visão aos outros. Meu pensamento pode parecer até anárquico, pois desarruma coisas tradicionais, adquiridas, consagradas, legalizadas, reconhecidas por muita gente. Mas, sei também que há algumas pessoas que sentem o peito oprimido, que buscam mais oxigênio, mais espaço, mais liberdade e que arriscam viver na incomoda situação de insegurança mesmo dentro das instituições as que pertencem.

Proponho um movimento de purificação interior, de enfrentamento com as construções do real que fizemos e que supostamente parecem sustentar nossa vida. Proponho a incomoda “coragem de ser” para além das cordas que tecemos para sustentar nossa vida. Proponho a coragem criadora de nos perguntarmos sobre os sentidos que construímos para nossa vida ou que simplesmente aceitamos de outros.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

São Francisco e a Ecologia





"Louvai e bendizei o meu Senhor, e dai-lhe
graças, e servi-o com grande humildade".

São Francisco é o padroeiro da ecologia.
Para o historiador inglês Arnold Toynbee,
ele é o único caminho para a sobrevivência
da humanidade. A atitude de Francisco
diante de todas as criaturas desde os
vermezinhos, as abelhas, as ervas daninhas,
as plantas, os animais todos, mostra-nos um
modo de orientarmos a nossa busca , pelo
cuidado com o Planeta. Seu modo diferenciado de amar
profundamente as criaturas de Deus, sem possessão,
é Luz a ser buscada. Sua atitude de não possuir,
não dominar, mas de conviver, de não
estar sobre as coisas, mas junto com elas,
como irmãos e irmãs num mesmo Planeta,
numa mesma casa comum, é a fraternidade
cósmica, que não pode ser violada, mas respeitada.

Dom Luiz Cappio recebe prêmio internacional





Águas para a paz - Dom Luiz Cappio recebe prêmio internacional.

A relação entre os usos das águas e a paz é tema de romaria, caminhada, seminário, debates, manifestações culturais e dia mundial de jejum coletivo na entrega do Prêmio Pax Christi International.

Salvador - Entre os dias 16 e 19 de outubro, milhares de pessoas são esperadas em Sobradinho, norte da Bahia, durante a 5ª Romaria das Águas e entrega do Prêmio pela Paz da Pax Christi Internacional (2008 Pax Christi International Peace Award), ao bispo Dom Luiz Cappio e às organizações e movimentos sociais, povos e comunidades tradicionais, envolvidos na luta pela revitalização e contra o projeto de transposição das águas do rio São Francisco.

A programação inicia no dia 16, à noite, com uma sessão solene na Câmara Municipal. O Seminário Revitalizar o Rio para a Vida em Paz, abre a sexta-feira (17) com a participação de representantes das comunidades e organizações populares daquela região. As palestras e debates sobre modelo de desenvolvimento terão foco na revitalização popular, aquela a partir dos problemas dos ecossistemas e das necessidades reais e iniciativas das comunidades, como instrumento para uma cultura de paz. No mesmo dia, à noite, uma Celebração Eucarística na Capela de São Francisco deve relembrar os 24 dias de jejum de Dom Cappio, entre novembro e dezembro de 2007. Na ocasião será lançado o Dia Mundial de Jejum pela Paz e Soberania Alimentar.

Este dia de jejum acontecerá durante o sábado (18). O gesto chama a atenção para a tendência mundial em concentrar a produção agrícola em grandes empresas e com altas tecnologias, agora potencializadas pelos combustíveis de origem vegetal, em detrimento da produção alimentar e da agricultura camponesa, com graves riscos ambientais. Ao mesmo tempo questiona o modelo de consumo egoísta e alienado - um dos fatores responsáveis pelo escândalo da fome no mundo e pelo agravamento da crise ecológica. Encerrado o dia de jejum com a entrega do Prêmio Pax Christi, às margens do Rio São Francisco, ao pé da Barragem de Sobradinho, espera-se a adesão de centenas de grupos e milhares de pessoas em Sobradinho, em outras cidades, estados brasileiros e mundo afora.

No Brasil, em particular, toda a programação questiona os grandes projetos na Bacia do São Francisco, além da transposição, a expansão indiscriminada do agro e hidronegócios, agrocombustíveis, novos perímetros irrigados, mineração e siderurgia, barragens, usinas, ferrovias, minerodutos, etc. Bancados com incentivos e recursos públicos, minimizam não os impactos, mas as responsabilidades pública e privada com as graves conseqüências sociais e ambientais.

A entrega do prêmio começa com uma celebração inter-religiosa, ainda no sábado a noite, às 20h. Líderes católicos estarão juntos com pastores de várias igrejas cristãs, mães-de-santo e pajés indígenas. Um testemunho vivo da paz como fruto das relações de respeito e convivência harmoniosa entre diferentes mas iguais.

Ao término da celebração romeiros seguem em caminhada durante três horas, por cerca de quatro quilômetros. Ao longo do percurso, quatro paradas marcarão a vigília de todos pela paz, com depoimentos de representantes dos demais premiados além do bispo Dom Luiz Cappio.

A chegada às margens do rio São Francisco, deve acontecer no início da madrugada e será o momento final. Uma representante da Pax Christi Internacional estará no Brasil para fazer a entrega do prêmio a Dom Cappio e a representantes do povo, como expressão do reconhecimento e incentivo à continuidade da luta popular em defesa das águas, da terra e de toda a vida.

O prêmio
O Prêmio pela Paz é outorgado por Pax Christi Internacional, anualmente desde 1988, a homens e mulheres que defendem a paz e a não-violência em qualquer parte do mundo. Dom Cappio é o terceiro brasileiro a receber. O primeiro foi a sindicalista Margarida Alves, que recebeu postumamente, em 1988. O segundo foi o membro do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Sérgio Vieira de Mello, morto vítima de um atentado terrorista no Iraque.

Dom Luiz Flavio Cappio, bispo da diocese de Barra (BA), escolhido para receber o prêmio em 2008 convive há mais de 30 anos com as comunidades do São Francisco. Entre 1993 e 1994 fez uma peregrinação de um ano entre a nascente e a foz do rio, denunciando seu estado deplorável e animando as comunidades à luta em sua defesa. Em 2005 e 2007 fez dois jejuns pela revitalização e contra o projeto de transposição. A entrega será marcante também por acontecer no Brasil e pela primeira vez fora da sede européia da Pax Christi.

A Pax Christi Internacional
A Pax Christi Internacional foi fundada na França, em 1945, como um movimento de reconciliação entre franceses e alemães após a Segunda Guerra Mundial. Constitui-se em movimento católico e uma Rede pela Paz, Respeito aos Direitos Humanos, Justiça e Reconciliação em regiões devastadas por conflitos. Baseia-se na crença de que a paz é possível e que os círculos viciosos da violência e da injustiça podem ser quebrados. Hoje conta com mais de 100 Organizações-Membro e atua em mais de 50 paises dos cinco continentes. No Brasil seu representante é a Comissão Pastoral da Terra – CPT. A Pax Christi tem status consultivo junto à ONU, à Unesco e ao Conselho da Europa.

Os proponentes
A entidade que encabeçou a proposição de Dom Luiz Cappio para o prêmio foi o SERPAJ – Serviço Paz e Justiça. O líder dessa organização é o Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, artista argentino que se notabilizou pela luta em defesa dos Direitos Humanos na Argentina e na América Latina. A ele se somaram mais de cento e cinqüenta (150) representantes de movimentos sociais, reunidos na Conferência dos Povos do São Francisco e do Semi-Árido, entre os dias 25 e 27 de fevereiro de 2008, em Sobradinho.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Eu quero vê-la!


Eu quero vê-la toda bela assim
Como um jardim que se abre a nosso olhar

Eu quero vê-la como um céu aberto
Vê-la de perto pra melhor a amar.

Eu quero vê-la. Quando ela aparece
Tudo floresce como o campo ao sol.

Eu quero vê-la qual uma princesa
Com mais beleza que a luz do arrebol.

Eu quero vê-la como a luz que passa
Cheia de graça toda enriquecida

Eu quero vê-la como um casto lírio
Findo o martírio que me tolhe a vida.

Eu quero vê-la transbordando amor
Bem como a flor derrama o seu perfume

Eu quero vê-la como chama ardente
Que a terra sente despertar-lhe o lume.

Eu quero vê-la despertando a aurora
Sem mais demora de um sorriso seu.

Eu quero vê-la, o gozo me consome
Dizer o nome tal que Deus lhe deu.

Eu quero vê-la em trajes de virtude
Que sempre alude à perfeição no bem.

Eu quero vê-la em toda a santidade
Na intensidade deste amor que tem.

Eu quero vê-la amanhecendo o dia
Na melodia azul da criação.

Eu quero vê-la enfim quando entardece
Quando anoitece e reina a escuridão.

Eu quero vê-la fúlgida e formosa
Igual a rosa dentro de um jardim

Eu quero vê-la como um rico dom
Um anjo bom velando sobre mim.

Eu já não posso mais viver sem ela
Pois tudo nela estampa a eternidade.

Por vê-la sofro horrores de agonia
De dia a dia eu morro de saudade.

Ah! Vem buscar-me e leva-me, Senhora,
Sem mais demora a ver-te enfim sem véu

Dá-me esta graça: finda-me a existência
Mãe de clemência, leva-me pro céu!

Ah! Se me desses hoje este prazer
De ali te ver tão clara como a luz,

Eternamente então eu te amaria

Minha Maria
ao lado de Jesus!

A vocação é luz na escuridão!


Senhor, olha nos meus olhos!
Se me olhas
Não há escuridão para os meus olhos
Não há queda da qual eu não possa me levantar
Não há ofensa que eu não possa esquecer
Não há lugar onde eu não possa sentir-me bem
Não há chão sem a beleza de mil flores florindo
Não há tristeza que possa levar-me ao desespero
Não há ninguém que eu não possa amar
Não há caminho que eu não possa seguir
Não há dor que eu não possa suportar
Não há situação na qual eu não possa ser sinal
Não há pecado do qual não possa me arrepender
Não há alegria que possa ser maior do que as que me dás
Não há paixão que possa levar-me a te negar
Não há mal que eu não possa evitar
Não há bem que eu não possa fazer
Não há tempo em que eu não possa te ouvir
Não há tempo que não seja tempo de te amar!
Senhor,
Teu olhar é luz!
É mais do que o sol!
É espírito e vida!
É o céu!
Bendito sejas!
Amém.

Rezemos pela vida e o amor!

Nova mensagemClique nova mensagem

Senhor,
Que eu te ame a ponto de aceitar tudo o que queres
Que eu veja que tudo o que permites é graça.
Que teu amor me ajude a não transformar em tragédia
nenhuma de minhas penas.
Que teu amor me leve a ver o lado bom de todas as vidas.
Que teu amor me ajude a ser sempre bom e fiel.
Que nenhuma dor me afaste de ti
e que teu amor me faça presente na dor de quem sofre.
Se meu amor não pode ser como o teu que seja ao menos
de todos os instantes.
Quando o sofrimento vier, seja o que for, que eu não pense
que devo sofrer menos só porque te amo.
Se te digo que te amo é para que possas levar-me aonde queres
e como queres.
Senhor, abençoa o meu amor para que eu não queira ser teu
só nos momentos felizes.
Abençoa o meu amor para que, mesmo que os homens me decepcionem,
possas contar comigo.
Ensina-me a dizer só o que inspiras se alguém me condenar.
Que teu amor não me seja só consolo.
Seja o meu caminho!
Senhor, se queres que eu seja moído como o trigo, não importa...
O que importa é que aconteça em minha vida
o que fizeste da tua:
Morrer por Amar!
Bendito sejas!
Amém.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008


OS CARISMAS

Outra característica importante na vida religiosa é o carisma. O carisma é um dom, uma graça, um presente, está relacionado diretamente com o ser da pessoa. É aquilo que ela é, é a ação de Deus na vida da pessoa.

O carisma é a ação do Espírito Santo que potencia a pessoa para uma determinada missão. Os religiosos vivem um carisma específico, e deriva daí, a sua missão própria. Acostumamos ver os religiosos e religiosas, os irmãos, as irmãs, os padres ligado a uma congregação, à frente de grandes obras: nas escolas, hospitais, missões populares, em mosteiros e comunidades contemplativas e em tantos lugares.

Essas são as obras. São frutos de um carisma especial.

Cada congregação, instituto ou ordem tem um carisma específico a ser seguido, que um dia foi inspirado pelo Espírito Santo e definido pelos seus fundadores.

NOVO PERFIL DA VIDA RELIGIOSA INSERIDA, ASSIM TAMBÉM COMO A FRATERNIDADE ESPERANÇA

A situação social continua excluindo os mais fracos. A opção pelos mais pobres e pela sua libertação, é um desafio para a Igreja e para a Vida Religiosa. É urg
ente criar novos jeitos de viver a Vida Religiosa no
meio do povo das periferias e do campo. Na inserção é preciso adotar uma postura de compaixão, paciência, presença, modéstia, flexibilidade e criatividade.

A Vida Religiosa Inserida é desafiada na tolerância e no cotidiano da vida dos excluídos. É uma graça do Espírito Santo, partilhar da vida dos últimos. Ama-se os pobres, não por serem pobres, mas por serem pessoas humanas, “Preferidas do Pai”. Daí a gratuidade do amor.

O religioso não se distingue pela sua ação, mas pela sua vida, onde convivem pessoas diferentes (idade, nação, personalidade) não se casam.

Querem viver o Evangelho de um modo especial. Vivem em comunidade.

É uma forma profética de vida.


Carisma dom de Deus!


O carisma da Vida Religiosa é um dom para Igreja e um sinal para o mundo. Não é fuga de uma realidade, mas compromisso com o mundo. Enfatiza o contraste do Evangelho com a sociedade materialista.Os votos são como que sinais visualizadores de uma realidade futura como sonho, mas presente como necessidade.

Não se pode mergulhar naquilo que a sociedade apresenta como modelo.

Seríamos medíocres se não tivéssemos a coragem de buscar perspectivas novas. De que valeria o esforço de anos vividos, de aperfeiçoamento contínuo, de ideais sonhados, se não tivéssemos certeza de que isso tudo está mergulhado no coração misericordioso do Pai, enxertado na árvore da vida, que é o Cristo e alicerçado pela força vibrante e sempre presente
do Espírito Santificador.

O voto assumido é sinal visualizador do Reino presente. Sinal sempre profético e nunca mesclado das coisas “do mundo”.

O voto é para os homens e mulheres que o contemplam, sinal de que existe alguma coisa muito maior que simples realidades terrenas. Sinal mergulhado no Cristo histórico, atualizado no Cristo vivo e eucarístico presente em todas as comunidades e que aponta as realidades vindouras do Reino já iniciado. O voto é sinal de que a vida tem sentido para todos.

Numa sociedade que privilegia o poder, o(a) religioso(a) responde com a obediência. O voto de obediência é um sinal onde homens e mulheres colocam-se numa atitude de dependência.

Dependência de Deus, são porta-vozes e braços de Deus. É a experiência que sentiu o profeta Amós: a vocação é descobrir e reconhecer que o Senhor quer dispor da vida das pessoas para seus projetos. Tirou Amós do meio
do seu rebanho e enviou para proclamar a sua Palavra. O voto de obediência está ligado também à necessidade da Igreja, representada pela Congregação de origem do(a) religioso(a). Numa sociedade profundamente erotizada os religiosos vivem a castidade. O voto de castidade é a oferta oblativa da própria vida. É a entrega da força vital que é a sexualidade a uma causa nobre. Vive-se a castidade canalizando a energia fundamental para as obras proféticas geradoras de vida e de esperança nas comunidades cristãs. Hoje o amor é confundido com relacionamento puramente sexual. Isto é a instrumentalização do amor e da força da sexualidade. A castidade no meio da sociedade erotizada é vista como sinal de contradição, sinal do Reino futuro.

Outro aspecto muito marcante no mundo de hoje é o apego demasiado às coisas materiais, vive-se em um consumismo desenfreado.

As pessoas valem por aquilo que elas têm e não por aquilo que são. Os religiosos para demonstrarem que o TER não é tudo na vida e sim apenas um
instrumento, fazem o voto de pobreza. Falar em viver a pobreza, sem ter nada em seu nome, sem buscar ambições, é um sinal profético de contraste para a sociedade capitalista que privilegia o dinheiro e o ter coisas. As pessoas não são coisas, elas não valem por aquilo que têm, mas, por aquilo que são.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Regional Nordeste se reúne para vivenciar o espírito de Fraternidade!


Nos dias 08 a 12 de julho de 2008, se reuniram as Irmãs e as Formandas do Regional Nordeste, em Juazeiro-BA. Foi um encontro muito proveitoso que contou com a colaboração de I.Cacilda Sauthier e de I. Lídia, ambas residem em Bragança Paulista!

Contamos com a presença do bispo diocesano D. José Geraldo da Cruz, que junto celebrou a Eucaristia!

Esperamos que integrem nas várias comunidades de nossa Fraternidade Esperança outras jovens, renovando sempe mais o espírito de amor aos pobres e marginalizados!

terça-feira, 17 de junho de 2008

OLHEM SÓ PENSAMENTOS SUBLIMES!!!

Deus



Acreditar em algo e não o viver é desonesto.
(Gandhi)



É impossível proceder ao infinito na série dos seres que se geram sucessivamente. Deve-se admitir, por isso, que existe um ser necessário que tenha em si toda a razão de sua existência, e do qual procedam todos os outros seres. A este chamamos Deus.
(S. Tomás de Aquino)



O coração humano recusa-se a acreditar num universo sem uma finalidade.
(Kant)



Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti.
(Santo Agostinho)



Na realidade, todas as coisas, todos os acontecimentos, para quem os sabe ler com profundidade, encerram uma mensagem que, em definitivo, remete para Deus.
(João Paulo II )



A Física moderna leva-nos necessariamente a Deus.
(Arthur Eddington)



Desde que os homens deixaram de crer em Deus, não se nota que se tivessem tornado descrentes em tudo, mas sim que acreditam em tudo.
(Chesterton)



Quem procura a verdade procura Deus, ainda que não o saiba.
(Edith Stein)



Deus não fala, mas tudo fala de Deus.
(Julien Green)



O desejo de rezar já é oração.
(Georges Bernanos, escritor francês)



Cada criança, ao nascer, traz-nos a mensagem de que Deus ainda não perdeu a esperança nos homem.
(Tagore)



Há dois tipos de pessoas: as que têm medo de perder Deus e as que têm medo de O encontrar.
(Pascal)



O mistério não é um muro onde a inteligência esbarra, mas um oceano onde ela mergulha.
(Gustav Thibon)



Faz tudo como se alguém te contemplasse.
(Epicuro)



Aquele que duvida e não investiga torna-se não só infeliz mas também injusto.
(Pascal)



Amar alguém significa ver essa pessoa como a Deus a concebeu.
(Dostoievsky)



Quem se senta no fundo do poço para contemplar o céu, há de achá-lo pequeno.
(Hom Yu)



Deus é a lei e o legislador do Universo.
(Albert Einstein)



O homem que compreendesse Deus seria outro Deus.
(François Chateaubriand)



Não há maior prova de ignorância do que acreditar que o inexplicável é impossível.
(S. Bilard)



Querer colocar em oposição a ciência natural e a religião... só pode ser coisa de gente ignorante nos dois assuntos.
(Paul Sabatier, Prêmio Nobel de química de 1953)



É um cientista bem medíocre aquele que pretende poder passar sem fé ou sem Deus!
(Werner Von braun, criador dos foguetes que levaram o homem à lua)



Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta.
(Isaac Newton)



Para o crente, Deus está no começo; para o físico, Deus está no ponto de chegada de toda a sua reflexão.
(Max Plank)



Eu sou cristão, isto é, eu creio na divindade de Jesus Cristo, como Tycho Brahe, Copérnico, Descartes, Newton, Fermat, Leibniz, Pascal, Grimaldi, Euler, Guldin, Boscovich, Gerdil; como todos os grandes astrónomos, os grandes matemáticos do século passado. Sou um católico sincero, como foram Corneille, Racine, La Bruyère, Bossuet, Bourdalue e Fènelon - como um grande número de homens eminentes do nosso tempo, entre os quais astros de primeira grandeza das ciências exactas, da filosofia, da literatura, e que são as maiores glórias das as nossas academias. Compartilho a fé profunda de Ruffini, Hauy, Laenec, Ampère, Freycinet e tantos outros destacados eruditos que a professaram com palavras, actos e escritos. E se não cito os vivos para respeitar-lhes a modéstia, posso dizer todavia que achei toda a nobreza da fé cristã na alegria dos meus amigos, o criador da cristalografia, o descobridor da quinina, o inventor do estetoscópio, o navegador da corveta Urânia e os imortais pesquisadores da eletricidade, Freycinet e Ampère.
(Couchy, grande matemático francês do século XIX, que se ergueu contra a expulsão dos Jesuítas da França)



"Como físico, portanto, como homem que dedicou a sua vida à insípida ciência, à investigação da matéria, estou certo de não dar margens a ser considerado um irresponsável. E assim, após as minhas pesquisas do átomo, posso dizer o seguinte: não existe matéria isoladamente! Toda matéria consiste e se origina somente pela força, que põe em vibração as partículas atómicas, e as coliga nos minúsculos sistemas solares do átomo. Uma vez que em todo o universo não há uma força abstracta inteligente e eterna, devemos consequentemente admitir a existência de um Espírito Inteligentíssimo."
(Max Planc - Físico)



A coisa de maior extensão no mundo é o universo, a mais rápida é o pensamento, a mais sábia é o tempo e mais cara e agradável é realizar a vontade de Deus.
(Tales de Mileto)



Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta.
(Santa Teresa de Ávila)



O homem compreende tudo com a ajuda daquilo que não compreende.
(Autor desconhecido)



Deus trata terrivelmente os seus amigos. Mas na verdade não lhes faz nisso nenhum agravo, porque assim procedeu com o seu Filho.
(Santa Teresa de Ávila)



Querer descrever um estado de felicidade, que está para além de toda a experiência humana, com uma linguagem tirada da experiência diária é como querer tocar obras de Wagner com os dentes de um pente.
(R. Knox)



Existem apenas duas maneiras de ver a vida. Uma é pensar que não existem milagres e a outra é pensar que tudo é um milagre.
(Albert Einstein)



Se voltares as costas à luz, nada mais verás além da tua própria sombra.
(Autor desconhecido)



Quando Deus fecha uma porta abre uma janela.
(Autor desconhecido)



O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano.
(Isaac Newton)



A frase mais deliciosa que se pode ouvir na ciência, aquela que todos os cientistas adoram, não é "Eureka" mas "que engraçado..."
(Issac Assimov)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Vida Religiosa

(Identidade da Vocação consagrada e religiosa na Igreja)

O carisma da vida religiosa está orientado também para o mundo. É por causa do mundo. Demonstra o contraste, não é fuga, mas compromisso.A vocação religiosa é assumida por homens e mulheres que foram chamados a testemunhar Jesus Cristo de uma maneira radical. É a entrega da própria vida a Deus.

Essa vocação existe desde o início do Cristianismo: vida eremítica, monástica e religiosa. Nesses dois mil anos de história surgiram inúmeras ordens, congregações, institutos, sociedades de vida
apostólica.Os religiosos vivem: como testemunha radical de Jesus Cristo, como sinal visível de Cristo libertador, a total disponibilidade a Deus, à Igreja e aos irmãos e irmãs, a total partilha dos bens, o amor sem exclusividades, a consagração a um carisma específico, numa comunidade fraterna, a dimensão profética no meio da sociedade, assumem uma missão específica.Um religioso vive em primeiro lugar a sua consagração nos votos, depois, por carisma congregacional, por vocação e necessidade da Igreja, se ordena padre.

OS VOTOS

O carisma da Vida Religiosa é um dom para Igreja e um sinal para o mundo. Não é fuga de uma realidade, mas compromisso com o mundo. Enfatiza o contraste do Evangelho com a sociedade materialista.Os votos são como que sinais visualizadores de uma realidade futura como sonho, mas presente como necessidade.

Não se pode mergulhar naquilo que a sociedade apresenta como modelo.

Seríamos medíocres se não tivéssemos a coragem de buscar perspectivas novas. De que valeria o esforço de anos vividos, de aperfeiçoamento contínuo, de ideais sonhados, se não tivéssemos certeza de que isso tudo está mergulhado no coração misericordioso do Pai, enxertado na árvore da vida, que é o Cristo e alicerçado pela força vibrante e sempre presente
do Espírito Santificador.

O voto assumido é sinal visualizador do Reino presente. Sinal sempre profético e nunca mesclado das coisas “do mundo”.

O voto é para os homens e mulheres que o contemplam, sinal de que existe alguma coisa muito maior que simples realidades terrenas. Sinal mergulhado no Cristo histórico, atualizado no Cristo vivo e eucarístico presente em todas as comunidades e que aponta as realidades vindouras do Reino já iniciado. O voto é sinal de que a vida tem sentido para todos.

Numa sociedade que privilegia o poder, o(a) religioso(a) responde com a obediência. O voto de obediência é um sinal onde homens e mulheres colocam-se numa atitude de dependência.

Dependência de Deus, são porta-vozes e braços de Deus. É a experiência que sentiu o profeta Amós: a vocação é descobrir e reconhecer que o Senhor quer dispor da vida das pessoas para seus projetos. Tirou Amós do meio
do seu rebanho e enviou para proclamar a sua Palavra. O voto de obediência está ligado também à necessidade da Igreja, representada pela Congregação de origem do(a) religioso(a). Numa sociedade profundamente erotizada os religiosos vivem a castidade. O voto de castidade é a oferta oblativa da própria vida. É a entrega da força vital que é a sexualidade a uma causa nobre. Vive-se a castidade canalizando a energia fundamental para as obras proféticas geradoras de vida e de esperança nas comunidades cristãs. Hoje o amor é confundido com relacionamento puramente sexual. Isto é a instrumentalização do amor e da força da sexualidade. A castidade no meio da sociedade erotizada é vista como sinal de contradição, sinal do Reino futuro.

Outro aspecto muito marcante no mundo de hoje é o apego demasiado às coisas materiais, vive-se em um consumismo desenfreado.

As pessoas valem por aquilo que elas têm e não por aquilo que são. Os religiosos para demonstrarem que o TER não é tudo na vida e sim apenas um
instrumento, fazem o voto de pobreza. Falar em viver a pobreza, sem ter nada em seu nome, sem buscar ambições, é um sinal profético de contraste para a sociedade capitalista que privilegia o dinheiro e o ter coisas. As pessoas não são coisas, elas não valem por aquilo que têm, mas, por aquilo que são.

OS CARISMAS

Outra característica importante na vida religiosa é o carisma. O carisma é um dom, uma graça, um presente, está relacionado diretamente com o ser da pessoa. É aquilo que ela é, é a ação de Deus na vida da pessoa.

O carisma é a ação do Espírito Santo que potencia a pessoa para uma determinada missão. Os religiosos vivem um carisma específico, e deriva daí, a sua missão própria. Acostumamos ver os religiosos e religiosas, os irmãos, as irmãs, os padres ligado a uma congregação, à frente de grandes obras: nas escolas, hospitais, missões populares, em mosteiros e comunidades contemplativas e em tantos lugares.

Essas são as obras. São frutos de um carisma especial.

Cada congregação, instituto ou ordem tem um carisma específico a ser seguido, que um dia foi inspirado pelo Espírito Santo e definido pelos seus fundadores.

NOVO PERFIL DA VIDA RELIGIOSA INSERIDA

A situação social continua excluindo os mais fracos. A opção pelos mais pobres e pela sua libertação, é um desafio para a Igreja e para a Vida Religiosa. É urgente criar novos jeitos de viver a Vida Religiosa no
meio do povo das periferias e do campo. Na inserção é preciso adotar uma postura de compaixão, paciência, presença, modéstia, flexibilidade e criatividade.

A Vida Religiosa Inserida é desafiada na tolerância e no cotidiano da vida dos excluídos. É uma graça do Espírito Santo, partilhar da vida dos últimos. Ama-se os pobres, não por serem pobres, mas por serem pessoas humanas, “Preferidas do Pai”. Daí a gratuidade do amor.

O religioso não se distingue pela sua ação, mas pela sua vida, onde convivem pessoas diferentes (idade, nação, personalidade) não se casam.

Querem viver o Evangelho de um modo especial. Vivem em comunidade.

É uma forma profética de vida.

Documento expressa o exemplo da Fraternidade Esperança!

1978 - FRATERNIDADE ESPERANÇA: Deus Providência faz brotar vida dentro do sofrimento e do imprevisto. Irmã Petra, na celebração do sesquicentenário da Congregação, em Curitiba, declara a Fraternidade Esperança como um Novo Ramo da Congregação das Irmãs da Divina Providência. Elas, por sua vez, declararam nesta oportunidade: "Nós sentimos que em nossa vida corre a mesma seiva evangélica que descobrimos, forte e viva, na Congregação das Irmãs da Divina Providência".