domingo, 18 de dezembro de 2011

Encontro de Idosos

No dia 01 de dezembro, encerramos os trabalhos do ano com bastante animação. O grupo de Idosos todos os meses se reunem na Igreja São Pedro no Novo Encontro, em Juazeiro - BA, para partilhar da vida e do ser de cada um!
Foram momentos marcantes de descontração, oração, exercícios, partilhas, alegria...



Tivemos nesse encontro descobertas de muitos talentos, artesãos, bailarinas, entre outros. Essa é algumas das oportunidades de vivências com os nossos idosos! Nada melhor do que viver a maturidade de maneira a perceber as coisas boas presentes em cada momento da vida!



sábado, 26 de novembro de 2011

Retiro da Fraternidade Esperança

Aproxima-se o Retiro da Fraternidade Esperança, sua presença é muito importante! É um tempo de parada para a oração, reflexão e encontro conosco mesmas, vivenciando a oração comunitária. Sabendo que é nesta fonte que alimentamos a fé, a esperança e a presença missionária no meio do povo.
Acontecerá em janeiro de 2012!
Que o Senhor nos abençoe por todos os caminhos onde andaremos para nos reunir em nome da pertença a Fraternidade Esperança!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mãe Aparecida

Se aproxima a festa da Mãe Aparecida!
Vamos continuar a seguir o seu exemplo para chegarmos sempre mais aos pés de Nosso Senhor Jesus!



" O amor da mãe de Deus, nos move a amar a nosso querido Jesus!"

sábado, 10 de setembro de 2011

Estamos em comunhão...

Cidades de Santa Catarina foram afetadas pelas enchentes avassaladoras, levando junto as águas sonhos e muitas conquistas. Tenhamos fé de que dias melhores voltarão a iluminar esse lugar tão lindo e abençoado por Deus. Estamos em comunhão com cada irmão e cada irmã, que sofre as dores geradas pelos fenômenos naturais!

Festa da padroeira da Diocese de Juazeiro-BA

Bom, estamos partilhando um pouquinho do que foi o encerramento da festa Nossa Senhora das Grotas - padroeira da Diocese de Juazeiro-BA. No dia 8 de setembro de 2011.
Foi muito bonito a expressão popular de amor e fé pela mãe de Deus.
Nós que estamos na diocese nos unimos a esse povo para as graças de Maria.
A procissão de encerramento contou com 40 mil pessoas. Nunca tinha visto tanta gente junto assim!
Só nos basta contemplar esse amor filial pela mãe de Deus!
A devoção a Nossa Senhora das Grotas iniciou-se ainda no século passado, em que a imagem de Nossa Senhora foi encontrada nas grotas do São Francisco por um índio, entregue a um vaqueiro e logo após aos franciscanos. Isso foi na época um sinal do amor de Deus a seus filhos, em que se perdura até os dias de hoje. Ainda hoje, a imagem se encontra na Catedral Diocesana e que durante esse ano celebra o seu jubileu de ouro.






Irs. FE - Diocese de Juazeiro - BA

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Romaria da Terra

Domingo dia 11 de setembro faremos a Romaria da Terra do Regional de Santa Catarina, será sediada na cidade de Irani, Diosese de Joaçaba-SC.
Será um momento de reflertimos os problemas referentes a terra e água, a situação climática, as agreções a natureza. Faremos um grito coletivo e profético diante da situação do planeta.
Pedimos que fiquem unidas pela oração para que ocorra da melhor maneira possível.


Um abraço com carinho da Emília.

domingo, 4 de setembro de 2011

Dicas para o mês da Bíblia

Tua Palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho!” (Salmo 119,105)



Setembro é o mês da Bíblia. Este mês foi escolhido pela Igreja porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu no ano de 340 e faleceu em 420 dC). São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja.

A Bíblia é hoje o único livro que está traduzido em praticamente todas as línguas do mundo e que está em quase todas as casas. Serve de “alimento espiritual” para a Igreja e para as pessoas e ajuda o povo de Deus na sua caminhada em busca de construir um mundo melhor.

“Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça ” (2Tm 3,16). A Bíblia foi escrita por pessoas chamadas e escolhidas por Deus e que foram inspiradas através do Espírito Santo. Ela revela o projeto de Deus para o mundo; serve para que todos possamos crescer na fé e levar uma vida de acordo com o projeto de Deus. Por isso, ela é a grande “Carta de Amor” de Deus à Humanidade.

A Palavra de Deus nos revela o rosto de Deus e seu mistério. Ela é a história do Deus que caminhou com seu povo e do povo que caminhou com seu Deus. A Bíblia tem uma longa história, desde nossos pais e mães da fé (Abraão e Sara, Isaac e Rebeca, Jacó Lia e Raquel) passando por Moisés, pelos Profetas, até a vinda do Messias, e por fim a morte do último dos Doze Apóstolos quando foi escrito o último livro da Bíblia (o Apocalipse, escrito no final do I século). A Palavra de Deus demorou em torno de dois mil anos para ser escrita. Muitas pessoas fizeram parte desta história: homens, mulheres, crianças, jovens, anciãos... Por isso, podemos dizer que a Bíblia é um livro feito em mutirão.

Passaram-se os tempos, os anos, mudaram muitas coisas, impérios cresceram e caíram, tantas idéias foram superadas, mas a Palavra de Deus continua “viva e eficaz” (Hb 4,12), pois “ela permanece para sempre” (1Pd 1,25). Embora o mundo busca outros caminhos, sempre existiram pessoas e comunidades que foram fiéis, que buscaram nas Palavras Sagradas a fonte para sua inspiração, para continuar vivendo e realizando o projeto de Deus.

Mais do que história, a Bíblia é portadora de uma mensagem. Ela é capaz de denunciar e anunciar. Ela denuncia as injustiças, os pecados, as situações desumanas, de pobreza, exploração e exclusão em que vivem tantos irmãos nossos. Foi isso que fizeram os Profetas e também Jesus Cristo em algumas ocasiões, pois toda situação de injustiça e pecado é contrária ao projeto de Deus. Mas a Bíblia é, sobretudo, um livro de anúncio. Ela proclama a boa notícia vinda de Deus: Ele nos ama e nos quer bem! Ele é o Deus que caminha conosco, que está ao nosso lado e nos dá força e coragem! Foi Deus que enviou ao mundo seu Filho Jesus Cristo. Ele veio nos trazer a Boa Notícia do Reino; veio nos trazer a Salvação, o perdão dos pecados. É através da fé em Jesus Cristo que nos tornamos filhos de Deus.

Na Bíblia encontramos textos para as diversas situações da vida. Ela ajuda a fortalecer a nossa fé; é útil na nossa formação, nos momentos de crises e dificuldades, na dor, na doença ou na alegria... Para todas as realidades encontramos textos apropriados.

Todos podemos e devemos ler, estudar e conhecer a Palavra de Deus. É certo que na Bíblia encontramos alguns textos difíceis. A Bíblia mesmo diz isso (veja 2Pd 3,16¸ At 8,30-31; Dn 9,2; etc). Certas passagens foram escritas dentro de uma realidade diferente da nossa. Precisam ser interpretadas e atualizadas. Por isso, quando não entendemos um texto, é melhor passar adiante, buscar outra passagem. O Pe. Zezinho nos ensina cantando: “Dai-me a palavra certa, na hora certa, do jeito certo e pra pessoa certa”. É recomendável fazer um curso, uma Escola Bíblica ou estudar em grupos. Tudo isso ajuda a entender melhor a Bíblia.

Na verdade, todo mês devia ser Mês da Bíblia; todo dia devia ser Dia da Bíblia. Por isso, a Bíblia não pode ser apenas um ornamento em nossa casa. A Palavra de Deus deve ser o nosso alimento de cada dia e buscar nela o sustento para a nossa vida.

.Termino lembrando um texto bonito de São Paulo: “Tudo o que se escreveu no passado foi para o nosso ensinamento que foi escrito, afim de que, pela perseverança e consolação, que nos dão as Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15,4). Que neste mês da Bíblia, a Palavra que vem da boca de Deus nos anime, dê força e coragem e com isso sejamos cristãos da Esperança!

Alguns conselhos práticos para quem quer ler, conhecer e viver segundo a Bíblia:
1) Pedir sempre ajuda ao Espírito Santo, isto é, iniciar sempre com uma oração;
2) Começar pelos livros e textos mais fáceis, ou seja, os Evangelhos, Atos dos Apóstolos...;
3) Ler e meditar um texto por dia (não é a quantidade que importa, mas a qualidade);
4) Procurar descobrir o contexto em que o texto foi escrito, ou seja: por que e para quem o texto foi escrito;
5) Anotar na sua Bíblia os textos que mais chamam a atenção;
6) Quando encontrar textos difíceis, passar adiante, deixar estes textos para quando participar de um curso ou quando encontrar pessoas que podem ajudar a explicar;
7) Atualizar o texto para hoje: colocá-lo em prática na vida. Celebrar e rezar a Bíblia e a vida. Viver a Palavra!

Escrito por Frei Ildo

terça-feira, 12 de julho de 2011

Encontro do Regional Nordeste - 2011

O encontro do Regional Nordeste aconteceu nos dias 15 a 19 de junho de 2011, em Nova Russas - CE. Muita animação e convivência perpassaram estes momentos de alimentação da vida comunitária, espiritual e religiosa.


Foi preciso deixar que o Espírito penetrasse em nós para que nosso encontro acontecesse de um modo leve e agradável. Por isso, Ele foi o nosso principal guia em todos os momentos.



Nossa convivência também foi vivenciada com as palavras de COMPREENSÃO, COMPANHEIRISMO, ACOLHIDA, ATITUDE, DOAÇÃO, ABERTURA, ENTRE-AJUDA, COLABORAÇÃO.

Era preciso se retomar, a espiritualidade é a alimentação da Vida Religiosa, então os momentos de oração foram intensificados de modo pessoal e comunitário, propiciando a cada uma partilhar um pouco de si para sermos mais Irmãs umas das outras.



A vida também é essencial diante de nossas partilhas. Cada uma contribuiu para que esse momento se intensificasse, manifestando desejos, vitórias, alegrias, mas também preocupações.

Em nosso Regional também temos como "a pupila dos olhos", a Formação.  Podemos construir juntas metas e planos para continuarmos a crescer nesse nível. É preciso olhar para as candidatas com carinho, assim também como a formação permanente de cada Irmã. Descobrir que o novo já está acontecendo e fazer com que as jovens sintam-se abrasadas pelo nosso testemunho.



Tivemos também um baita São João com animação e festa de montão!



Ao avaliarmos o nosso encontro, sentimos que tudo aconteceu para o bom encaminhamento de nossas propostas!



            “Guardar a palavra de Jesus, eis a única condição de nossa felicidade”



                                                                                                       (Santa Teresa de Jesus )

                                                                                                                Ir. Clara Sousa, fe.



sábado, 25 de junho de 2011

O CORPO É UM ESPELHO DAS NOSSAS CRENÇAS

Por Louise L. Hay



Embora muitas pessoas me vejam como alguém com o poder de curar os outros, eu não curo ninguém.

Meu trabalho é ajudar as pessoas a compreenderem como seus pensamentos criam, constantemente, suas próprias experiências de vida - todas elas, tanto as boas quanto as que chamamos de más experiências.

Você já se viu indo para o trabalho remoendo ressentimentos em relação a um colega ou alimentando sua insegurança por causa de uma tarefa que lhe foi solicitada?

É um exemplo simples, mas que ajuda a entender o que afirmo. Se, em vez de pensar negativamente, você procurasse pensar nas razões que poderiam ter levado o companheiro de escritório à atitude agressiva, e imaginasse formas afetuosas de resolver o conflito, seu encontro com ele poderia gerar uma aproximação feliz para ambos.

Se, em vez de inventariar suas próprias falhas, você tomasse consciência de sua capacidade e repetisse para si que poderia realizar a tarefa solicitada com sucesso - pedindo ajuda se precisasse, provavelmente você a desempenharia com outro ânimo e competência.

Nossos pensamentos podem, da mesma forma, estar contribuindo para o bem-estar ou para o mal-estar de nossos corpos.

Não queremos ficar doentes e, no entanto, precisamos de cada doença que contraímos.

É a maneira que nossos corpos encontram para nos dizerem que estamos com uma idéia errada, com uma percepção falsa, e que precisamos mudar nossa forma de pensar.

Tenho uma amiga que precisou passar por uma pneumonia grave para concluir que era indispensável mudar seu ritmo de vida e fazer uma terapia que a ajudasse a rever seus relacionamentos.

Há pessoas que usam a doença como forma de não assumir compromissos, mantendo-se permanentemente numa situação fragilizada.

Cada doença é uma lição que precisamos aprender.

Por favor, não fique só reclamando: "quero me livrar desta doença."

Isso não vai trazer a cura que você deseja e você não vai aprender a lição de que necessita.

Não se coloque também numa atitude defensiva, como se a doença fosse uma espécie de acusação. Não se trata de condenar nem de sentir nenhuma culpa.

Tanto na doença quanto em qualquer situação de vida, o importante é observar o que está acontecendo conosco para entender o que precisa ser libertado e transformado.

Então eu lhe digo: é hora de se curar, de tornar sua vida e seu corpo íntegros, que significa que você deseja investir na sua saúde.

Eu sei que você tem, dentro de si, tudo de que precisa para conseguir isso.

Quando você começar a compreender o processo que leva à saúde ou à doença, será capaz de assumir o controle consciente das mudanças que deseja fazer.

É um processo muito emocionante que vai se tornar uma das aventuras mais felizes da sua vida.

Acredito que existe um centro de sabedoria dentro de cada um de nós e que, quando estamos prontos para fazer mudanças positivas, atraímos o que é necessário para nos ajudar.

Pode ter certeza de que alguma coisa dentro de você se transformou e o processo de cura já começou.

Pare um instante a leitura e diga em voz alta: Eu já comecei o meu processo de cura.

O corpo é um espelho das nossas crenças e dos nossos pensamentos mais íntimos.

O corpo está sempre conversando conosco. É preciso aprender a escutar o que ele tem a dizer.

Cada célula reage a cada pensamento seu, a cada palavra que você pronuncia.

Por isso, se prolongamos durante muito tempo determinadas formas de pensar e de falar, elas irão produzir comportamentos e posturas corporais, assim como um maior ou menor bem-estar.

Suas palavras e pensamentos contribuem para sua saúde ou sua doença.

Uma pessoa que está sempre com o rosto fechado provavelmente não tem muitos pensamentos alegres e amorosos. Os rostos e corpos dos mais velhos mostram claramente como foi sua vida e seus comportamentos.

Pare um pouco e pense: que aparência eu vou ter quando entrar na terceira idade?

Como acredito que todos nós nascemos com o direito de ser completamente saudáveis e satisfeitos em todas as áreas de nossas vidas, quero ajudar você a conquistar esse direito agora.

Algumas das coisas que vou sugerir talvez pareçam simples demais, mas fique sabendo que estas idéias foram testadas muitas vezes com enorme sucesso.

Elas funcionam de verdade.

Antes de continuar a ler este texto, repare no seu corpo.

Coloque-se numa posição confortável, respire fundo e procure relaxar.

Abra-se para acolher todas as idéias, aceitando apenas as que se aplicam ou fazem sentido para você.

Acredito que toda doença é uma criação própria.

É claro que não dizemos quero ter tal doença, mas criamos um Ambiente mental que faz com que a doença apareça e se desenvolva.

Volto a repetir: nossos diálogos interiores provocam reações em cada célula do corpo.
Ouvi um médico dizer recentemente: "Se um cirurgião operar um paciente sem fazer coisa alguma para ajudar a descobrir e curar a causa da doença, ele estará apenas adiando o problema, pois o paciente criará um outro mal-estar."
Não basta tratar o sintoma. Precisamos eliminar a causa da doença.
E para isso precisamos penetrar no lugar, dentro de nós mesmos, onde o processo teve início.
Somos profundamente responsáveis por quase todas as experiências por que passamos em nossas vidas.
Tanto as melhores quanto as piores.
Porque, como já disse, somos nós que criamos nossas experiências através dos pensamentos que temos e das palavras que pronunciamos.
O universo apóia completamente nosso diálogo interior.
Nosso subconsciente aceita como verdade aquilo em que escolhemos acreditar.
Isto significa que o que acredito ser verdade a meu próprio respeito e a respeito da vida se tornará verdade para mim.
Essa é uma escolha que você faz.
É claro que os pensamentos vêm à cabeça sem nosso controle, mas, ao reconhecê-los, você pode alimentá-los ou procurar desapegar-se deles, tentando olhar a realidade de outra perspectiva.
Temos também o impulso de pronunciar certas palavras, mas somos capazes de silenciá-las ou substituí-las por outras mais amorosas, impregnadas de compreensão e tolerância.
O que pensamos e sentimos a respeito de nós mesmos e de nossa vida formou-se desde criança, pelas reações e comportamentos dos adultos que nos rodeavam.
Assim, se você viveu com pessoas assustadas ou com pessoas extremamente infelizes, aprendeu uma porção de coisas negativas a seu próprio respeito e a respeito da vida.
E é possível que ainda acredite nelas.
Não estou dizendo isso para que culpemos nossos pais. Eles provavelmente foram vítimas de seus próprios pais e não podiam nos ensinar o que não sabiam.
Se sua mãe não gostava dela mesma e se seu pai não sabia ser carinhoso e atento, eles não teriam condições de ensinar você a se amar e a se tratar com carinho e atenção.
Por mais bem intencionados que fossem.
Acredito que escolhemos nossos pais. Cada um de nós decide encarnar neste planeta em épocas e locais específicos. Fazemos assim porque estamos neste mundo para aprender as lições que nos farão avançar em nosso caminho espiritual.
Para isso, escolhemos nosso sexo, nossa cor, nosso país e as pessoas que nos farão ter as experiências de que precisamos para evoluir.
Muitas vezes, quando crescemos, acusamos nossos pais e nos queixamos: "foi você quem fez isto comigo, a culpa é sua".
Mas, na verdade, nós os escolhemos, porque era com eles que podíamos viver aquilo que queríamos aprender a superar.
Passamos a vida criando experiências que combinem com as crenças adquiridas na infância.
Olhe para trás e observe quantas vezes você passou pelo mesmo tipo de relacionamento e pela mesma qualidade de problema.
É bem possível que você tenha criado essas experiências repetidamente porque elas refletem o que você pensa a seu respeito.
Mas não adianta ficar remoendo os problemas do passado, porque é o momento presente que importa.
O que aconteceu no passado, até este momento, foi criado por você, com seus próprios pensamentos e antigas crenças, sem que você se desse conta.
Mas o que você escolhe pensar, acreditar e dizer hoje, neste exato lugar, neste exato momento, está criando o seu futuro.
Seu diálogo interior de agora está criando o seu amanhã, a semana que vem, o próximo mês e o ano que vem.
Então, preste atenção no que você está pensando neste instante. Você quer que este pensamento crie o seu futuro?
Ele é negativo ou é positivo? Observe, preste atenção.
Não existe certo ou errado no que pensamos, e volto a dizer que não quero nunca explorar o sentimento de culpa. Pelo contrário, quero eliminá-lo, porque ele paralisa e não faz crescer.
Estou querendo apenas que você entre em contato com o que está pensando, porque, em geral nós tomamos muito pouca consciência do que se passa em nossas mentes e em nossos corpos.
Só prestamos atenção quando ficamos doentes ou quando sentimos dor.
E, se não sabemos o que está se passando dentro de nós, como poderemos mudar?


domingo, 15 de maio de 2011

Para tudo há sempre um tempo...


Este começo de ano foi para as comunidades de Ipaporanga e Nova Russas um tempo intenso e forte, de novidades. Partilhamos em nosso primeiro encontro das duas comunidades como cada uma vivenciou, experimentou e celebrou este tempo...
Irmãs e Jovens Vocacionadas de Ipaporanga e Nova Russas

Um tempo de expectativa e de espera
Foi o tempo de escolher, negociar e equipar casa, tempo de prepará-la, de ajeitar os quartos para acolher mais moradoras. E mais importante do que isto, preparar a casa do coração para acolher quem estava chegando!
Tempo de ampliar a tenda, deixá-la aconchegante, acolhedora, imaginando cada uma que iria integrar a comunidade.
Para quem estava chegando, tempo de abertura, de imaginar como será a vida em novas terras, a nova realidade; tempo de abrir-se para a novidade do Reino e da missão.

Tempo de mudança
Um momento de muitas perguntas povoando a mente e o coração: como chegarão? Será que se adaptarão? Como se sentirão e como nos sentiremos com sua chegada?
Tempo de agendar viagens, caronas, horários, itinerários favoráveis, quem as buscará, onde buscará, de que jeito...
Tempo de preparar uma comidinha gostosa para matar a fome de quem chega, depois de longas viagens, nem que seja a meia noite!
Tempo de mudança física, geográfica e também de mudança interior, de reorganização, de revisão. Tempo de transformar e transformar-se, de sonhar, de projetar.

Tempo de acolhida
            E assim foram chegando, a começar pelas jovens vocacionadas: Iana e Marineide; e em seguida as Irmãs, Cristiane e Adelaide.
             Em cada comunidade os preparativos, os cuidados para acolher a cada uma com ternura e simplicidade, com o espírito da Fraternidade Esperança.
            Tempo de alegrar-se com as novas composições, com a nova organização como uma orquestra que busca alcançar o melhor arranjo para a execução da sua mais bela canção: a vida, a vida comunitária!
           
Tempo de integração e inculturação
            Tempo de aproximação da comunidade do povo, com toda a sua riqueza e singularidade. Tempo de conhecer e dar-se a conhecer, de reconhecer o que temos em comum e o que nos diferencia. Tempo de provar novos temperos, cheiros, sabores... de experimentar o calor do sol e do coração. 
saboreando um milho assado na festa da colheita, Nova Russas

Tempo de partilhar uma tapioca regada com chimarrão!
Tempo de ajeitar os “trem”, de “entrar no embalo” e sentir as novas “sensações”!
Tempo de sentir saudade da mãe e do pai e se dispor a construir outra família.
Tempo de sentir os clamores, os desafios, as interpelações....
Tempo de perceber que o povo está faminto por presença gratuita, por visitas.
matando a saudade do chimarrão

Tempo de conviver
Tempo de nos contemplarmos mutuamente, olharmos para nós e umas para as outras, percebendo nossos dons, potenciais, talentos e também nossos limites.
Tempo de rezarmos juntas, de celebrar a vida, as pequenas e preciosas conquistas do dia-a-dia.
Tempo de sabermos as histórias de vida, as trajetórias e as andanças de cada uma...
Partilha da Páscoa

Tempo de cuidado
É também tempo de cuidarmos de nós mesmas, de nossa saúde, alimentação, repouso, adaptação; tempo de cuidarmos e cultivarmos a unidade, a comum-unidade; tempo de cuidar da vida de toda criação, que nos cerca e geme em dores de parto...
            É tempo de cuidar das relações que foram construídas e cultivadas e que deixamos longe, tempo de cuidar das novas relações que nascem a cada encontro com o povo.

Tempo de sonhar
            Tempo de alimentar sonhos de vida, de dignidade e justiça. De sonhar com as trilhas que percorreremos neste ano.
            Tempo de sermos visionárias e gestar projetos pessoais e comunitários comprometidas com o Reino de Deus, que quer acontecer, aqui e agora, através de nós.


sexta-feira, 13 de maio de 2011

A mulher toda santa e imaculada

Ir. Lina Boff


Na linhagem das matriarcas irrompe a figura de uma mulher dentro do plano divino que foi revelado em Cristo Jesus: Deus reserva um lugar singular a esta mulher, aquela que foi a Mãe de Jesus, o Filho do Pai e o Salvador do mundo. O Apóstolo afirma que Deus nos escolheu antes da criação do mundo para sermos santos e imaculados aos seus olhos (cf. Ef 1,4) pela graça salvadora trazida por seu Filho que doou sua vida por todos. Todos nós portanto, somos chamados a sermos santos e imaculados, com a nossa missão a partir das palavras que o Anjo lhe diz: Alegra-te, cheia de graça. o Senhor está contigo! (Lc 1,28). E com a exclamação de Isabel que a proclama: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! (Lc 1,42),



Maria é a mulher cheia de graça



Em primeiro lugar esta expressão significa para Maria estar pervadida pela benevolência do amor de Deus que adorna sua vida como dom para a humanidade. Em segundo lugar significa estar toda coberta, envolvida, cumulada da graça divina. Pela sua fé e pela sua disponibilidade a Deus Maria foi se tornando progressivamente cheia da graça do Senhor a ponto de abandonar-se conscientemente e com toda a liberdade de seu ser, ao plano salvífico que o Pai tinha em mente realizar. O plano do Pai tem uma finalidade bem determinada: a de reconciliar a humanidade com Ele e tornar nova toda a criação plasmada com tanto carinho por Ele desde toda a eternidade.

Nesse contexto Maria é cheia da graça divina porque se deixou encher de Deus e de seu plano. Como Comunidade de Amor esse Deus que se relaciona com o Filho e o Espírito Santo, e revela-se a nós nas suas distintas atribuições que lhe damos de Criador, de Redentor e de Santificador das nossas vidas. A todos os povos revela-se como Único Deus, no respeito de suas crenças, tradições, religião e culturas.

A Maria Ele se revelou enchendo-a de sua graça porque a preservou do pecado original. Com Maria inaugura-se a Nova Criação pelo Filho de Deus, Jesus Cristo que é o filho de Maria por obra do Espírito Santo.



Maria está com o Senhor

Estar com o Senhor é viver da sua comunhão. Esta comunhão se dá na Comunidade divina onde o Pai, o Filho e o Espírito Santo formam a verdadeira Comunidade que se relaciona para dentro e para fora, isto é, a comunhão que se cria para dentro consiste numa relação de amor, de solidariedade e de doação total de uma Pessoa para com a outra. Tal relação que se dá para dentro, reflete-se para fora através da missão que cada Pessoa da Comunidade divina realiza junto à humanidade.

Maria participa desta comunhão das divinas Pessoas. Primeiramente como mulher que abre seu corpo à ação de Deus e concebe antes pela fé que pela função biológica do seu ser humano. Maria participa da comunhão trinitária como mãe porque oferece seu filho ao mundo e o doa a toda a humanidade. Como esposa Maria participa da comunhão trinitária porque se abre à liberdade do Pai que lhe pede inserção dela em seu projeto de salvação, dentro do ritmo normal da vida humana por Ele plasmada e organizada com sua lei de amor, sem interromper o curso normal do nascimento humano de seu Filho. A partir desse movimento de comunhão trinitária Maria vive sua condição de mulher como todas, como criatura, pois depende de Deus em tudo. Maria vive sua condição de mãe como a mulher que acolheu em si mesma o Verbo de Deus Pai e O doa ao mundo para a salvação de todos. Maria vive sua condição de esposa como mulher que compartilha, assume e vive um projeto, em princípio, comum ao seu esposo José; vive-o na confiança e na certeza de que a abertura ao NOVO que desponta n´ela, tem um conteúdo que deve ser penetrado e vivido na fé que confessa em mistério. Por estar com o Senhor, Maria alegra-se.



Maria é bendita



Isabel é a mulher que reconhece ser Maria a bendita do Senhor porque traz em seu seio o fruto bendito de Deus. Felicita-a pelo dom que ela recebeu de Deus, pelo estado de bem-aventurança em que se encontra por ter aderido ao plano do Pai. Com que belas palavras Isabel fala bem de Maria, com que voz expressiva e firme a proclama aquela que é bem falada, bem dita, bem comentada por trazer a alegria de um futuro próximo que há milênios o povo de Israel aguarda, anseia, espera. Isabel bendiz Maria com estas palavras e com esta proclamação:



Bendita és tu entre as mulheres,

Bendito é o fruto de teu ventre!

Bendita a Mãe do meu Senhor que me visita!

Bendita a saudação que chegou aos meus ouvidos,

Bendita a criança que estremeceu em meu ventre!

Feliz és tu que acreditaste no que o Senhor te disse,

porque será cumprido! (cf. Lc 1, 41-45).





Maria traz o fruto bendito



Em todo o Novo Testamento somente Lucas usa a palavra fruto (karpós) no sentido de fruto do ventre, fruto como filho, descendência. Quando ouviu a saudação de Maria, com um grande grito Isabel exclamou quando ouviu a saudação de Maria: (...) bendito é o fruto de teu ventre! (Lc 1,42).O que Isabel fala Lucas parece confirmar no primeiro discurso de Pedro depois da ressurreição, dirigindo-se a todos os israelitas que o escutavam e que os trata, primeiro como “homens da Judéia”, depois como “homens de Israel” e finalmente como “irmãos”.

Pedro fala a respeito do patriarca Daví que como profeta havia assegurado com juramento, que um descendente seu tomaria assento em seu trono, (At 2,30), referindo-se a Jesus que ressuscitara dos mortos. Maria traz esse Fruto bendito.



Maria e as mulheres de hoje



Maria propõe às mulheres de hoje uma mudança profunda que transforme o presente, como se deu a transformação de Maria de Nazaré diante da proposta divina. Esta é a promessa de um futuro que traz consigo a urgência de se criar um tempo presente que seja novo na sua natureza, isto é, tempo no qual o próprio Deus é proclamado Bendito!

Com as palavras do Magníficat Maria articula o dom divino e comunica-o ao mundo bendizendo a Deus, Fonte de vida e de todo bem. Agradece e bendiz ao seu Senhor proclamando:



Bendito o Senhor que minha alma engrandece,

Bendito o Salvador no qual meu espírito exulta!

Bendita a força libertadora de seu braço,

Bendita a dispersão dos orgulhosos, dos poderosos!

Bendita a exaltação dos humildes, dos famintos!

Bendito o socorro de Deus a Israel,

Bendita sua memória em favor de sua descendência!

Felizes as gerações que me reconhecerão

bem-aventurada! (cf. Lc 1, 46-55).



As “Marias” de hoje bendizem o Senhor porque vivem sua fé como chamado no meio do povo e com ele presidem o serviço que faz da vida toda um projeto de construção do Reino, através de sua prática anunciadora e de sua gratuidade que cria sempre novos espaços de evangelização.

As “Marias” de hoje exultam no Salvador do povo porque advogam a causa dos pequenos e excluídos; tutelam suas tradições que mantêm vivas a fé e a inspiração em Maria como companheira de estrada.

As “Marias” de hoje encontram Maria na juventude que clama por novos projetos de vida e por cidadania; ela se encontra presente nos movimentos sociais que buscam terra, moradia e direito de viver com dignidade sua vida.

As “Marias” de hoje ensinam que Maria não está só nos altares, nos andores e nas procissões, mas mostram que ela é uma figura que, levada para junto do dia-a-dia de seu povo, dá forças para abraçar a causa da vida.

Por tudo isso Maria liberta e ao mesmo tempo socorre. Maria é uma das expressões mais fortes da simbólica popular e a Mulher que mais incide no sentimento da subjetividade humana e no seu modo de ser mãe e rainha, não como todas as rainhas de hoje e de todos os tempos, as quais pouco conhecemos, mas pelo seu jeito de exercer a realeza do serviço que presta ao pobre e ao pequenino.


Este texto utilizamos em um momento de deserto neste mês mariano!
Esperamos que gostem!

Abraços!

Ir. Clara,fe. 

terça-feira, 3 de maio de 2011

Beatificação Papa João Paulo II



Papa João Paulo II foi beatificado

Os 1,5 milhão de fiéis gritavam em frente ao Vaticano, em Roma, “santo subito” (“santo já”, em italiano) quando às 10h37 (5h37h em Brasília) deste domingo passado, o papa Bento XVI declarou que “o venerável servo de Deus João Paulo II, papa, de agora em diante seja chamado beato”.
O polonês Karol Wojtyla, morto aos 84 anos em 2005, foi beatificado diante de uma multidão que orava silenciosamente em frente ao Vaticano.
Em pronunciamento, o atual papa Bento XVI foi aplaudido quando disse: “Já naquele dia [do funeral] sentíamos pairar o perfume da sua santidade, tendo o povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele. Por isso, quis que a sua causa de beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo 2º é beato!”
Em seu discurso ele também ressaltou a fé do antecessor pela Virgem Maria e seu papel em encaminhar as modernizações do Concílio Vaticano 2º (1962-65). 



João Paulo II venceu o protocolo, as conveniências e tudo o mais, para exercer sua missão de anunciar o Evangelho da paz, fruto da justiça. Teve coragem! Aliás, uma de suas características sempre foi a fé com coragem, que fez dele um profeta do conturbado século XX.
Hoje parece fácil clamar pela justiça e o direito em nome da dignidade humana, maltratada por uma sociedade rica, porém, injusta. Mas "nos anos de chumbo" desse período de repressão não o era. 
Por isso não o esquecemos e a Igreja confirma o dom que Deus lhe deu: a santidade, da qual o mundo sempre teve fome.



Tatiane Paiva

sexta-feira, 22 de abril de 2011

QUÊ VEMOS AO OLHAR A CRUZ?

“Os homens nunca fazem o mal tão completamente e com tanto entusiasmo como quando o fazem por convicção religiosa” (Blaise Pascal)



“Sou Padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, em querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas… Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A Cruz deve ser retirada! Aliás, nunca gostei de ver a Cruz em Tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são barganhadas, vendidas e compradas. Não quero mais ver a Cruz nas Câmaras legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte. Não quero ver também a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados. Não quero ver, muito menos, a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas pobres morrem sem atendimento. É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa das desgraças, das misérias e sofrimen-tos dos pequenos, dos pobres e dos menos favorecidos”. (Frade Demetrius dos Santos Silva)



Ao contemplar o Crucificado, muitos questionamentos vão surgindo:

* a Cruz é sinal de solidariedade ou sinal de poder, sinal de libertação ou sinal de opressão, sinal de rebeldia ou sinal de submissão, sinal dos vencidos ou sinal dos vencedores...?

* Perguntamo-nos se é a Cruz dos condenados deste mundo ou a cruz dos que condenam, a Cruz dos crucificados da terra ou a cruz dos que continuam crucificando como em outro tempo crucificaram a Jesus?

A primeira coisa que descobrimos ao contemplar o Crucificado do Gólgota, torturado injustamente até à morte pelo poder político-religioso, é a força destruidora do mal, a crueldade do ódio e o fanatismo da mentira. Precisamente aí, nessa vítima inocente, nós seguidores de Jesus, vemos o Deus identificado com todas as vítimas de todos os tempos. Está na Cruz do Calvário e está em todas as cruzes sonde sofrem e morrem os mais inocentes. A partir da Cruz, Deus não responde o mal com o mal; Ele não é o Deus justiceiro, ressentido e vingativo, pois prefere ser vítima de suas criaturas antes que verdugo.

O Crucificado nos revela que não existe, nem existirá nunca um Deus frio, insensível e indiferente, mas um Deus que padece conosco, sofre nossos sofrimentos e morre nossa morte.

Despojado de todo poder dominador, de toda beleza estética, de todo êxito político e de toda auréola religiosa, Deus se revela a nós, no mais puro e insondável de seu mistério, como amor e somente amor.

Nós cristãos contemplamos o Crucificado para não esquecer nunca o “amor louco” de Deus para com a humanidade e para manter viva a recordação de todos os crucificados da história.



Jesus não morreu por vontade divina nem para expiar nossos pecados, senão que foi condenado como herege e subversivo, por elevar a voz contra os abusos do templo e do palácio, por colocar-se do lado dos perdedores, por ser amigo dos últimos, de todos os caídos.

Na contemplação da Paixão fazemos memória comovida de Jesus, e ao “fazer memória” confessamos que Ele está vivo, revivemos Sua vida, O ressuscitamos na vida. Não buscamos argumentos lógicos e dogmas, mas sinais de vida em toda Sua vida e também em Sua morte. Descobrimos, como afirma a teóloga Mercedes Navarro, que “Jesus morreu de vida”: de bondade e de esperança lúcida, de solidarie-dade alegre, de compaixão ousada, de liberdade arriscada, de proximidade curadora...

“Morreu de vida”: isso foi a Cruz, e isso é a Páscoa. E é por isso que tem sentido recordar Jesus, olhando nas chagas de sua Cruz as pegadas de sua vida.

Os relatos dos evangelistas nos recordam que nós cristãos somos seguidores de um Crucificado.

A leitura orante do relato da Cruz de Jesus nos faz abrir os olhos para ler também nossa própria vida e a vida de toda a humanidade. Não se trata meramente de uma referência externa, presa ao passado, mas de uma mensagem de sabedoria permanente, que transcende o tempo e o espaço. “Porque os judeus pedem sinais, os gregos procuram sabedoria, ao passo que nós anunciamos Cristo crucificado, escânda-lo para os judeus, loucura para os pagãos, mas para aqueles que são chamados é Cristo, força de Deus e sabedoria de Deus” (1Cor. 1,22-24)



Situar-se, pois, diante do Crucificado, acarreta diversas conseqüências para nossa vida; podemos destacar as seguintes:

Denúncia: a Cruz nos fala de uma aliança de poderes, religioso e político, que acabaram cruelmente com a vida de um inocente. Isso ocorreu com Jesus e, por desgraça, ao longo de toda a história humana. Crer no Crucificado implica denunciar ativamente todo tipo de opressão contra os inocentes.



Compromisso: para nós que cremos em Jesus, todo e qualquer “crucificado” – seja qual for o motivo de sua cruz – é alguém sagrado, que suplica nossa compaixão ativa e nossa solidariedade eficaz.



Como diz Jon Sobrino, não podemos crer no Crucificado de um modo coerente se não estamos dispostos a fazer descer da cruz aqueles que estão nela.



Esperança de vida: a Cruz – que se completa com a mensagem da ressurreição, com a qual forma um único acontecimento – proclama que a Vida não morre; que, inclusive naquelas circunstâncias nas quais parece que tudo é fracasso, a Vida abre caminho; nenhuma morte é o final.



Ensinamento: como viver a própria cruz? Para começar, sabemos que, a rigor, não podemos chamar “cruz” a todo sofrimento. Há sofrimentos evitáveis, em nós e nos outros, contra os quais teremos que lu-tar; há outros inevitáveis, que precisamos acolhê-los e dar-lhes sentido; e há outros, que são consequência de uma opção de amor fiel: estes são a “cruz”, pois são a opção construtiva que admiraamos em Jesus: aqui é importante assumi-los lúcida, paciente e confiadamente. Assim vivida, a Cruz é fonte de vida; tal é a mensagem do Crucificado: “viver como Deus quer o que Deus não quer”.



Morte do ego: em chave mística e psicológica, a Cruz significa a morte do ego ou, com mais proprieda-de, o final de nossa identificação com ele. O ego ou eu não é negativo; mais ainda, teremos que cuidar para que seja um eu psicologicamente integrado. O que torna enganoso e destrutivo é identificar-nos com ele. Nesta chave, a Cruz significa que só quando desfazemos essa identificação saímos da ignorância e do sofrimento inútil; disso é que pode emergir a Vida. Brota uma compreensão de que o eu se plenifica na medida em que rompe os laços do seu isolamento, se alarga em direção aos outros, na doação, no serviço e no compromisso solidário.

Na linguagem inaciana, a morte do ego significa “sair do seu amor próprio, querer e interesse”.



Texto bíblico: 1Cor. 1,18-25

Bom estudo!

 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Semana D da Campanha da Fraternidade


O mês de abril, em Nova Russas, começou com a Semana ‘D’ da Campanha da Fraternidade. De 1 a 7 de abril aconteceram inúmeras atividades de conscientização e compromisso com a defesa da vida, dentre elas destacamos: a participação diária na programação da Rádio Comunitária Timbaúba FM; reflexões nas celebrações, missas e encontros das pastorais; campanha de coleta das garrafas Pet; encontros e palestras com alunos das escolas.
A culminância da semana ocorreu com a caminhada de conscientização e defesa da Vida do Planeta percorrendo as principais ruas da cidade e encerrando com a celebração penitencial às margens do Rio Curtume. Houve participação significativa da comunidade nesta caminhada, com especial destaque para as escolas da cidade.
Os presentes puderam apreciar apresentações artísticas das crianças refletindo a problemática da destruição da natureza, e as conseqüências para o ser humano; além de cantar e rezar pedindo perdão pelas vezes em que nós, através de nossas atitudes, também contribuímos para a destruição e poluição do lugar onde vivemos.
A realização desta semana foi iniciativa da Paróquia Nossa Senhora das Graças, que contou com a participação de outras organizações: Sindicato dos Trabalhadores Rurais; Secretarias Municipais da Agricultura e Meio Ambiente; Escola da Rede Estadual, Municipal e Particular; Projeto Dom Hélder Câmara.
Concentração em frente à Igreja Matriz
Apresentação das crianças sobre os cuidados com a natureza
Caminhada pelas Ruas da Cidade
Presença significativa das Crianças
Caminhada se aproximando do Rio Curtume onde aconteceu a Celebração Penitencial
Grito da Mãe Terra sendo representado pelas crianças durante a Celebração