quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Eu quero vê-la!


Eu quero vê-la toda bela assim
Como um jardim que se abre a nosso olhar

Eu quero vê-la como um céu aberto
Vê-la de perto pra melhor a amar.

Eu quero vê-la. Quando ela aparece
Tudo floresce como o campo ao sol.

Eu quero vê-la qual uma princesa
Com mais beleza que a luz do arrebol.

Eu quero vê-la como a luz que passa
Cheia de graça toda enriquecida

Eu quero vê-la como um casto lírio
Findo o martírio que me tolhe a vida.

Eu quero vê-la transbordando amor
Bem como a flor derrama o seu perfume

Eu quero vê-la como chama ardente
Que a terra sente despertar-lhe o lume.

Eu quero vê-la despertando a aurora
Sem mais demora de um sorriso seu.

Eu quero vê-la, o gozo me consome
Dizer o nome tal que Deus lhe deu.

Eu quero vê-la em trajes de virtude
Que sempre alude à perfeição no bem.

Eu quero vê-la em toda a santidade
Na intensidade deste amor que tem.

Eu quero vê-la amanhecendo o dia
Na melodia azul da criação.

Eu quero vê-la enfim quando entardece
Quando anoitece e reina a escuridão.

Eu quero vê-la fúlgida e formosa
Igual a rosa dentro de um jardim

Eu quero vê-la como um rico dom
Um anjo bom velando sobre mim.

Eu já não posso mais viver sem ela
Pois tudo nela estampa a eternidade.

Por vê-la sofro horrores de agonia
De dia a dia eu morro de saudade.

Ah! Vem buscar-me e leva-me, Senhora,
Sem mais demora a ver-te enfim sem véu

Dá-me esta graça: finda-me a existência
Mãe de clemência, leva-me pro céu!

Ah! Se me desses hoje este prazer
De ali te ver tão clara como a luz,

Eternamente então eu te amaria

Minha Maria
ao lado de Jesus!

A vocação é luz na escuridão!


Senhor, olha nos meus olhos!
Se me olhas
Não há escuridão para os meus olhos
Não há queda da qual eu não possa me levantar
Não há ofensa que eu não possa esquecer
Não há lugar onde eu não possa sentir-me bem
Não há chão sem a beleza de mil flores florindo
Não há tristeza que possa levar-me ao desespero
Não há ninguém que eu não possa amar
Não há caminho que eu não possa seguir
Não há dor que eu não possa suportar
Não há situação na qual eu não possa ser sinal
Não há pecado do qual não possa me arrepender
Não há alegria que possa ser maior do que as que me dás
Não há paixão que possa levar-me a te negar
Não há mal que eu não possa evitar
Não há bem que eu não possa fazer
Não há tempo em que eu não possa te ouvir
Não há tempo que não seja tempo de te amar!
Senhor,
Teu olhar é luz!
É mais do que o sol!
É espírito e vida!
É o céu!
Bendito sejas!
Amém.

Rezemos pela vida e o amor!

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Senhor,
Que eu te ame a ponto de aceitar tudo o que queres
Que eu veja que tudo o que permites é graça.
Que teu amor me ajude a não transformar em tragédia
nenhuma de minhas penas.
Que teu amor me leve a ver o lado bom de todas as vidas.
Que teu amor me ajude a ser sempre bom e fiel.
Que nenhuma dor me afaste de ti
e que teu amor me faça presente na dor de quem sofre.
Se meu amor não pode ser como o teu que seja ao menos
de todos os instantes.
Quando o sofrimento vier, seja o que for, que eu não pense
que devo sofrer menos só porque te amo.
Se te digo que te amo é para que possas levar-me aonde queres
e como queres.
Senhor, abençoa o meu amor para que eu não queira ser teu
só nos momentos felizes.
Abençoa o meu amor para que, mesmo que os homens me decepcionem,
possas contar comigo.
Ensina-me a dizer só o que inspiras se alguém me condenar.
Que teu amor não me seja só consolo.
Seja o meu caminho!
Senhor, se queres que eu seja moído como o trigo, não importa...
O que importa é que aconteça em minha vida
o que fizeste da tua:
Morrer por Amar!
Bendito sejas!
Amém.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008


OS CARISMAS

Outra característica importante na vida religiosa é o carisma. O carisma é um dom, uma graça, um presente, está relacionado diretamente com o ser da pessoa. É aquilo que ela é, é a ação de Deus na vida da pessoa.

O carisma é a ação do Espírito Santo que potencia a pessoa para uma determinada missão. Os religiosos vivem um carisma específico, e deriva daí, a sua missão própria. Acostumamos ver os religiosos e religiosas, os irmãos, as irmãs, os padres ligado a uma congregação, à frente de grandes obras: nas escolas, hospitais, missões populares, em mosteiros e comunidades contemplativas e em tantos lugares.

Essas são as obras. São frutos de um carisma especial.

Cada congregação, instituto ou ordem tem um carisma específico a ser seguido, que um dia foi inspirado pelo Espírito Santo e definido pelos seus fundadores.

NOVO PERFIL DA VIDA RELIGIOSA INSERIDA, ASSIM TAMBÉM COMO A FRATERNIDADE ESPERANÇA

A situação social continua excluindo os mais fracos. A opção pelos mais pobres e pela sua libertação, é um desafio para a Igreja e para a Vida Religiosa. É urg
ente criar novos jeitos de viver a Vida Religiosa no
meio do povo das periferias e do campo. Na inserção é preciso adotar uma postura de compaixão, paciência, presença, modéstia, flexibilidade e criatividade.

A Vida Religiosa Inserida é desafiada na tolerância e no cotidiano da vida dos excluídos. É uma graça do Espírito Santo, partilhar da vida dos últimos. Ama-se os pobres, não por serem pobres, mas por serem pessoas humanas, “Preferidas do Pai”. Daí a gratuidade do amor.

O religioso não se distingue pela sua ação, mas pela sua vida, onde convivem pessoas diferentes (idade, nação, personalidade) não se casam.

Querem viver o Evangelho de um modo especial. Vivem em comunidade.

É uma forma profética de vida.


Carisma dom de Deus!


O carisma da Vida Religiosa é um dom para Igreja e um sinal para o mundo. Não é fuga de uma realidade, mas compromisso com o mundo. Enfatiza o contraste do Evangelho com a sociedade materialista.Os votos são como que sinais visualizadores de uma realidade futura como sonho, mas presente como necessidade.

Não se pode mergulhar naquilo que a sociedade apresenta como modelo.

Seríamos medíocres se não tivéssemos a coragem de buscar perspectivas novas. De que valeria o esforço de anos vividos, de aperfeiçoamento contínuo, de ideais sonhados, se não tivéssemos certeza de que isso tudo está mergulhado no coração misericordioso do Pai, enxertado na árvore da vida, que é o Cristo e alicerçado pela força vibrante e sempre presente
do Espírito Santificador.

O voto assumido é sinal visualizador do Reino presente. Sinal sempre profético e nunca mesclado das coisas “do mundo”.

O voto é para os homens e mulheres que o contemplam, sinal de que existe alguma coisa muito maior que simples realidades terrenas. Sinal mergulhado no Cristo histórico, atualizado no Cristo vivo e eucarístico presente em todas as comunidades e que aponta as realidades vindouras do Reino já iniciado. O voto é sinal de que a vida tem sentido para todos.

Numa sociedade que privilegia o poder, o(a) religioso(a) responde com a obediência. O voto de obediência é um sinal onde homens e mulheres colocam-se numa atitude de dependência.

Dependência de Deus, são porta-vozes e braços de Deus. É a experiência que sentiu o profeta Amós: a vocação é descobrir e reconhecer que o Senhor quer dispor da vida das pessoas para seus projetos. Tirou Amós do meio
do seu rebanho e enviou para proclamar a sua Palavra. O voto de obediência está ligado também à necessidade da Igreja, representada pela Congregação de origem do(a) religioso(a). Numa sociedade profundamente erotizada os religiosos vivem a castidade. O voto de castidade é a oferta oblativa da própria vida. É a entrega da força vital que é a sexualidade a uma causa nobre. Vive-se a castidade canalizando a energia fundamental para as obras proféticas geradoras de vida e de esperança nas comunidades cristãs. Hoje o amor é confundido com relacionamento puramente sexual. Isto é a instrumentalização do amor e da força da sexualidade. A castidade no meio da sociedade erotizada é vista como sinal de contradição, sinal do Reino futuro.

Outro aspecto muito marcante no mundo de hoje é o apego demasiado às coisas materiais, vive-se em um consumismo desenfreado.

As pessoas valem por aquilo que elas têm e não por aquilo que são. Os religiosos para demonstrarem que o TER não é tudo na vida e sim apenas um
instrumento, fazem o voto de pobreza. Falar em viver a pobreza, sem ter nada em seu nome, sem buscar ambições, é um sinal profético de contraste para a sociedade capitalista que privilegia o dinheiro e o ter coisas. As pessoas não são coisas, elas não valem por aquilo que têm, mas, por aquilo que são.