sábado, 13 de julho de 2013

O BOM SAMARITANO: ícone da ternura evangélica


   “E quem é meu próximo” (Lc. 10,29)


Teria sido fácil para Jesus fornecer definições de “próximo”; se não o faz é por-que quer evitar que se considere o “próximo” como um objeto de estudo ou de investigação. Perante a pergunta inicial, Jesus não assume o papel que o escriba lhe propõe e, em vez de dar-lhe a resposta pedida, indica onde deve buscá-la: Jesus quer tirá-lo do mundo do saber para levá-lo ao do fazer.
O ícone do “bom samaritano” apresenta o próximo “em situação”, o pró-ximo concreto, histórico, que interpela e compromete cada um em escolhas de-cisivas, em relação às quais se demonstra se é ou não “próximo” do neces-sitado. Por isso, a interrogação inicial se inverte: já não se trata de perguntar-se “quem é meu próximo?”, mas “de quem eu sou próximo e como eu chego a ser próximo?”  O “próximo” não é somente o outro para mim, mas eu para o outro.
O “próximo”, no sentido expresso pela parábola, não pode nos deixar indiferentes; provoca uma respos-ta, compromete em uma ternura concreta, oblativa, capaz de risco, para socorrer o ferido.
A conclusão da parábola é um programa de vida. Jesus não diz: “agora, sabes, podes ficar tranquilo”. Afirma antes: “Agora vai, e  também tu faze o mesmo”.
Neste ícone, temos a magna carta da ternura como resposta do discipulado e forma de atualização concreta do amor evangélico.

Os personagens da parábola: um homem, assaltantes, um levita, um sacerdote, um samaritano; todos, exceto “um homem”, aparecem designados por sua função social: uns com prestígio e outros no mundo marginalizado (assaltantes, samaritano).
“Um homem”, sem mais especificações, representa cada ser humano, para além de suas conotações de nacionalidade, de nível social, de religião; é cada ser humano necessitado, carente, vítima... A novidade do evangelho consiste precisamente na superação de tais barreiras.
Na parábola, o desconhecido ocupa o centro do relato, visto que todos os demais personagens aparecem em relação com ele: os bandidos o assaltam, despojam, golpeiam e o abandonam; o sacerdote e o levita vêem-no e passam ao largo; o samaritano o vê, comove-se, aproxima-se, cuida dele. Até quando é levado à hospedaria continua sendo o pólo das atenções. Essa organização do movimento no espaço em torno de um homem reduzido à impotência indica seu papel central, mesmo que dentro de sua passividade. Todos os personagens se definem a favor ou contra ele: é assaltado, despojado, espancado, deixado semimorto, comiserado, enfaixado, conduzido, cuidado... De viajante passa a corpo inerte e, abandonado por uns, reencontra vida graças a outro.

O samaritano avista ali, no caminho, um homem, e um homem em perigo de vida; que fosse de outro povo ou outra religião, é irrelevante. O bom samaritano vai além dos dados de ordem social, moral ou religiosa; avista, para além das diferenças, um ser humano igual a ele, e por isso irmão.
Para o sacerdote e para o levita, o homem ferido converte-se em obstáculo a evitar: seguem adiante pelo outro lado. As normas de pureza proibiam-lhes contaminar-se pelo contato com a morte, visto que deviam manter-se puros a fim de participar do culto.
O samaritano não se deixa condicionar pela “prudência” de continuar o caminho, nem pelo medo de se aproximar do ferido; ao contrário, se detém e se envolve na situação do ferido: “Viu-o e teve compaixão” (sentimento que aparece na Bíblia referindo-se somente a Deus e a Jesus); assume o risco do encontro e se deixa interpelar pela necessidade do outro, cuja vida, para ele, conta mais do que prosseguir sua viagem.
Existem, portanto, duas maneiras de ver: permanecer alheio ou comprometer-se.
O sacerdote e o levita não mudam, a não ser passar  pelo outro lado; tal  atitude os faz aliados dos bandidos sob o signo da exclusão: saem do relato sozinhos, limitados a seu projeto, excluindo o outro.
O samaritano “viu-o” e foi afetado pelo que viu; isso evoca já um modo diferente de olhar o outro, não como um estranho ou com indiferença, mas como um “próximo” para servir com amor.
O termo “compaixão” revela um forte compromisso afetivo como “um comprimir-se do coração” e denota uma íntima participação na situação do ferido, um “com-partilhar” que se faz solidariedade.
O samaritano não organiza um socorro à distância, não se afasta em busca de reforços, mas ele mesmo põe mãos à obra, interessando-se pessoalmente pelo ferido e fazendo-se cargo de sua situação: com suas mãos o medica e enfaixa as feridas, o levanta e o carrega sobre sua cavalgadura; caminha ao lado por quilômetros e quilômetros e o entrega ao administrador da pousada.

Há, em todos estes gestos, uma “com-participação”, uma atenção pessoal que exprime a autenticidade da ternura evangélica. O samaritano realiza atos concretos e o faz com ternura transbordante, até ao excesso; ele vai além do simples apelo do dever.
Ninguém poderia ter-lhe pedido tanto. Detendo-se, curando o ferido e conduzindo-o ao lugar de descanso, ele já tinha cumprido seu essencial dever de justiça e podia sentir-se satisfeito. Mas, ele sente a neces-sidade de ir além. Sua ternura é verdadeiramente completa, genuína, sem interesses nem meio-termo: é uma ternura de puro dom, gratuita, uma ternura de benevolência.
Com justiça, os padres da Igreja gostavam de destacar que o primeiro grande Samaritano fora o Filho de Deus feito homem. Ele, em primeiro lugar, se deteve misericordiosamente junto a nós pecadores, descen-do de sua “cavalgadura” e fazendo-se nosso companheiro de viagem.

A “opção de vida” em favor do próximo é o indicador de uma vida aberta aos outros e comprometida na construção de uma convivência social na qual predomine a ternura e não a dureza de coração, o respeito à vida e o amor e não a violência e a exclusão.
Segundo a teóloga Maria José Torres “a parábola do samaritano tem consequências ético-políticas”.
Nossa compaixão deve estar perpassada de indignação ética, porque não há compaixão sem justiça. Daí apostar pelo modelo compassivo do cuidado.
Para voltar às raízes da fé, devemos reivindicar a compaixão como sinal de identidade do humano e do divino, porque parecer-se com Deus implica ser e atuar compassivamente. Deus tem entranhas de mãe e se comove por seus filhos mais sofredores, vítimas da maldade humana.
A parábola é uma exortação à misericórdia e à denúncia. Meu próximo não é só o que merece minha ajuda, mas também aquele que merece ser denunciado porque dá uma volta e deixa as coisas como estão.

Texto bíblico:   Lc 10,25-37


Na oração: Os personagens da parábola podem servir-nos de espelhos: talvez possamos sentir-nos como o
                     escriba cético que pergunta: “Quê devo fazer?”, sem contudo, comprometer nossa vida; ou como o sacerdote e o levita, tão preocupados em chegar ao culto que não nos sobra tempo nem atenção para o homem ferido jogado na sarjeta. Os três aparecem distraídos e dispersos em seus próprios projetos, planos, ocupações ou reflexões, querendo conhecer, no plano teológico, quem é o próximo, cumprir a Lei, chegar ao Templo, não contaminar-se com um cadáver...
No entanto, tudo isso os impede de viver centrados no essencial que, naquele momento, era atender ao homem ferido. O samaritano, ao contrário, aparece descentrado de si mesmo; é todo atenção solícita e eficaz no serviço do desconhecido que encontra em seu caminho, e isso o faz entrar em sintonia com o desejo e o coração de Deus.




Pe. Adroaldo, sj

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Missionários da Esperança

Em Nova Russas, Ceará, um grupo de 18 pessoas que buscam fortalecer sua fé e compromisso de vida e missão a partir da mística e da espiritualidade da Fraternidade Esperança vem sendo acompanhado pelas Irmãs. 

O grupo se reúne para celebrar e rezar a vida, a partir da Palavra de Deus, compartilhando os desafios e as alegrias do dia-a-dia. A medida que se reune vai fortalecendo os vínculos de irmandade, bem querer assumindo no seu dia-a-dia a missão de viver e testemunhar a esperança.

O grupo busca experimentar e vivenciar a certeza de que a esperança não decepciona, porque “o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que ele nos deu.”(Rom. 5,5)

Em junho, por ocasião do Encontro Regional, está prevista a apresentação do grupo à comunidade de Nova Russas.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

ATOLEIROS.

NOSSO DESAFIOS NAS ESTRADAS DE ARIPUANÃ.
RODOVIÁRIA DE ARIPUANÃ. INICIO DE UMA 
BOA ESPERA. ONDE SERÁ QUE ESTÁ
O  ÔNIBUS DA TUT.

IRMÃ LOURDES ANIMA NOSSA VIAGEM COM A ORAÇÃO DOS
ANJOS.
IRMÃ NIDA CANSADA DE ESPERAR.


A NOITE CHEGA E NADA DO NOSSO ÔNIBUS CHEGAR.


AMANHECE O DIA O DESÂNIMO COMEÇA A BATER. 

  ESTAMOS FIRMES PARA MAIS UM DIA

DORMIMOS NA RODOVIÁRIA POR FALTA DE COMUNICAÇÃO
DA EMPRESA RESPONSÁVEL, MAS NÃO PERDEMOS A
ESPERANÇA DE IR AO ENCONTRO DE NOSSAS
CO-IRMÃS. PARA REALIZAR NOSSO ENCONTRO REGIONAL.


INICIO DE UMA  NOVA ETAPA EM ARIPUANÃ
ENCONTRO DE ADOLESCENTES PELAS IRMÃS: 
ANATALIA E NIDA.
COM A PARTICIPAÇÃO DE DUAS CATEQUISTAS.
MENINADA  COM PARTICIPAÇÃO ATIVA.

PARTICIPAÇÃO DAS IRMÃS NA FESTA DA COMUNIDADE.
IRMÃ HELENA AJUDA FAZER PAMONHA.

PADRE SE DIVERTE COM A NOVA PERUCA DE IRMÃ
HELENA.

IRMÃ ANATALIA  AJUDA SUA MÃE A COLHER CAFÉ.


IRMÃ ANATALIA E SEU IRMÃO, APRESENTAM A BELA
PLANTAÇÃO DE CAFÉ.
IRMÃ BETY E IRMÃ HELENA COM O GRUPO DA 
PASTORAL DA SAÚDE DE COLNIZA.






BELEZAS DE ARIPUANÃ
CACHOEIRA DAS ANDORINHAS





IRMÃ NORMA E IRMÃ ANATALIA DESFRUTANDO DE 
NOSSAS BELEZAS.



CAMINHO DE NOSSOS SITIANTES.

BELEZAS DO NOSSO JARDIM



NATUREZA É DOM DE DEUS.
JARDIM DAS IRMÃS DE COLNIZA


SEXTA FEIRA SANTA NOSSA PROCISSÃO IRMÃ NORMA

CAMINHADA COM UMA CRUZ DE 10 METROS COM 
ANIMAÇÃO DOS JOVENS

PASTORAL DA SAÚDE CELEBRA AS ANIVERSARIANTES

.
IRMÃ NIDA  NA PREPARAÇÃO DA ESPIRITUALIDADE
DO ENCONTRO REGIONAL
IRMÃ ANATALIA NA ESPERA DO ÔNIBUS DA TUT
PARA IRMOS ATÉ COLNIZA.
IRMÃ LUORDES E IRMÃ NORMA 
ARRUMANDO SUA BAGAGEM DE UMA LONGA NOITE.

DEPOIS DE UMA LONGA ESPERA O MERECIDO DESCANSO
DAS PERNAS.

FINALMENTE O NOSSO ÔNIBUS APARECE DEPOIS DE 
36 HORAS DE ESPERA.

IRMÃ ZULEIDE E SUA AMIGA QUE ESTÁ DE VISITA  NO MATO GROSSO
ENFIM APARECE DEPOIS DE UMA NOITE NO ATOLEIRO.


ENQUANTO ESTAMOS NA VIAGEM IRMÃ AKIE E A JOVEM JANE UMA
SIMPATIZANTE DA FRATERNIDADE NOS ESPERAM COM
UMA GOSTOSA REFEIÇÃO.

IRMÃ HELENA PREPARA NOSSA RECEPÇÃO.


INICIO DA REUNIÃO DO NOSSO REGIONAL NORTE.

ESPIRITUALIDADE DO NOSSO ENCONTRO.

ALEGRIA DE NOS ENCONTRARMOS.



NA HORA DO LANCHE. MARLENE DESFRUTA DE UMA GOSTOSA BERGAMOTA.



IRMÃ ZULEIDE APRESENTA O GOSTOSO BOLO DE BABAÇU.



ESSA HORA É A MAIS GOSTOSA.

ENCONTRO COM LEIGOS DA FRATERNIDADE E 
SUAS FAMÍLIAS COM AS IRMÃS. NA COLNIZA


segunda-feira, 15 de abril de 2013

ENCONTRO REGIONAL.

Nossos trabalhos em Aripuanã. Em primeiro lugar desfrutar das nossas belezas.
                                             
                                                      CACHOEIRA DAS ANDORINHAS.

                           IRMÃ NORMA E IRMÃ ANATALIA CURTINDO AS BELEZAS DE NOSSA CIDADE.









sexta-feira, 29 de março de 2013

CARTA AO POVO DE DEUS DA DIOCESE DE CRATEÚS NA SECA DE 2012-2013



“Quando Jesus estava junto à descida do monte das Oliveiras, toda multidão de discípulos começaram, alegres, a louvar a Deus em voz alta, por todos os milagres que tinham visto. E diziam; ‘Bendito seja aquele que vem como rei, em nome do Senhor! Paz no céu e glória no mais alto do céu.’ No meio da multidão, alguns fariseus disseram a Jesus; ‘Mestre, manda que teus discípulos se calem.’ Jesus respondeu; ‘Eu digo a vocês: se eles se calarem, as pedras gritarão.” Lc. 19,37-40.

Aos homens e mulheres de boa vontade, aos animadores, catequistas, articuladores das Pastorais, Padres, religiosas, religiosos e Diáconos da Diocese de Crateús;

Às autoridades e órgãos governamentais e não governamentais.

Reunidos em Assembleia Diocesana de Pastoral em Tauá, de 21 a 23 de março deste ano, recolhemos e refletimos sobre o diagnóstico da situação da seca realizado em cada município referente aos anos 2012-2013.

Com a presente apreciação constatamos que a realidade vivida no dia a dia levanta muitos gritos e pede a abertura de coração por parte de quem quer ser discípulo de Jesus, que chamou a si todas as pessoas cansadas e fatigadas para que encontrem alívio.

O grito por água de beber:
·         A quantidade de água é insuficiente para o abastecimento humano e a qualidade da água distribuída é duvidosa;
·         A cobrança feita pela CAGECE ou SAAE da água fornecida em quantidade e qualidade não correspondem aos contratos assinados;
·         A especulação das construtoras de novos bairros que vão inchando as periferias e abrindo novos loteamentos, quando o sistema de abastecimento de água e de esgoto não tem condições de sustentar os imóveis atuais;
·         Existência de reservatórios construídos com recursos públicos e submetidos ao controle e usos de particulares;
·         Águas poluídas ou contaminadas sendo consumidas pelos educandos nas escolas;
·         Comercialização indiscriminada de água sem considerar o potencial disponível dos lençóis subterrâneos (Poranga e Ipueiras);

O grito pelo criatório:
·         Parte significativa do rebanho, sobretudo Bovino já foi dizimado e os que restam (Bovinos, Caprinos, Ovinos, Abelhas) estão perecendo pela falta de água e pastagem, obrigando a vender parte do que ainda resta para sustentar o que sobrou;
·         O milho da Conab Chegou em quantidade insuficiente e sua distribuição foi desorganizada;
·         A forragem nativa como o mandacaru, xique-xique, palmas e as vazantes de capim estão quase consumidas e a compra de rações ou forragens torna impossível continuar com as criações.

O grito por sementes:
·         Anos seguidos com pouca produção fizeram com que as famílias perdessem as sementes tradicionais;
·         As sementes distribuídas pelo governo não substituem as tradicionais, são impróprias ao nosso semiárido, não sendo aceitas pela cultura dos povos do sertão;

O grito por saúde:
·         A alimentação deficiente e contaminada de agrotóxicos, a água de má qualidade, a saúde pública precária e a falta de medicamentos e exames preventivos, tornam as pessoas mais fracas e expostas às doenças e enfermidades;

O grito de quem vai embora:
·         Muitas Pessoas, sobretudo os jovens desistem do campo, passando a inchar as periferias das capitais e de cidades do interior; outras famílias são despedaçadas, quando maridos e filhos vão para o corte de cana, para o trabalho com o gesso, crediários, as lanchonetes... Empobrecendo nossa região das forças mais novas, mais ativas e mais inovadoras em troca de pequenas remessas de dinheiro;

O grito de quem está fora dos programas sociais:
·         Muitas famílias estão fora dos programas sociais por falta de uma Reforma Agrária efetiva e verdadeira, não têm casa para terem direitos a uma cisterna, não têm documentos para terem acesso ao cartão cidadão, comprometendo o direito a aposentadoria e nesse tempo tem menor possibilidade de contar com a solidariedade da grande família que está enfraquecida pela seca;

O grito pela convivência no semiárido:
·         O processo para aprender a conviver nesta terra semiárida, nossa amada terra prometida, anda lentamente;
·         São poucos os municípios que encaminharam uma contextualização da educação. Existe somente uma EFA (Escola Família Agrícola) na região, economicamente não assumida pelo poder público;
·         Isoladas experiências de captação de água de chuva e de irrigação; quase inexistentes a produção de forragens e ensilagem;
·         Não temos reflexão sobre o jeito de planejar, construir e viver no meio urbano, em harmonia com nosso clima e nossas riquezas naturais;

Como resposta a esses gritos nossa Diocese se compromete a:
·         Assumir essa realidade no cotidiano de nossas atividades litúrgicas, catequéticas e pastorais.
·         Revitalizar as Casas de Sementes onde existem e animar o processo de criação onde ainda não tem;
·         Fazer campanhas para adquirir sementes tradicionais que reabasteçam essas casas.
·         Motivar e apoiar mutirões e ações comunitárias para recuperar poços, cacimbões, olhos d’água e fazer a limpeza dos açudes, beira dos rios, cisternas...
·         Multiplicar as Escolas Camponesas, apoiar as EFAS (Escola Família Agrícola), implementar a educação contextualizada em nossos municípios;
·         Apoiar as reivindicações dos trabalhadores (as) (Reforma agrária, saúde, alimentação de qualidade, etc.) junto aos governos municipais, estadual, federal, CAGECE, SAAE, CONAB, BNB e demais instituições;
·         Reestruturar, a nível paroquial, a Comissão Pastoral da Terra, revitalizar o Fórum de convivência com o semiárido, Fórum dos assentados, Associações Comunitárias e qualificar a participação nos conselhos municipais;
·         Repensar os tipos de criações adequados para o semiárido e a maneira de alimentá-las adequadamente em qualquer situação;
·         Inserir a leitura e discussão do conteúdo desta carta nos meios de comunicação, nas assembléias, encontros e reuniões e em todo processo educativo de convivência com o semiárido.

Assim como Jesus entrou em Jerusalém com os mais pobres para celebrar a Páscoa e doar sua vida em plenitude, por amor ao Pai e fidelidade ao Reino e aos irmãos, enfatizando que “se eles se calassem as pedras gritariam”, queremos nos fazer companheiras e companheiros das trabalhadoras e trabalhadores do semiárido nesta situação de morte e vida que estamos atravessando, em defesa e rumo à vida plena conquistada por Jesus em conseqüência de sua missão, martírio e Ressurreição.

Tauá, 22 de março de 2013

LEITURA ORANTE DA BÍBLIA

Neste ano, a comunidade da Fraternidade Esperança, de Nova Russas, fez uma opção de favorecer aos jovens a experiência da Leitura Orante da Bíblia.
Todas as segunda feiras, às 19:00h, em nossa casa, nos reunimos com os jovens. Cada uma e cada uma traz a sua Bíblia e fazemos juntos a leitura e partilha da Palavra lida, meditada, rezada. 
Tem sido uma experiência muito rica e a cada semana mais jovens vem participando.
Na sequência, desejamos construir com o grupo o projeto de vida pessoal a partir da Leitura Orante, contribuindo assim para o seu discernimento vocacional.

Formação

Nestes dias estão reunidas em João Pessoa as jovens vocacionadas da Fraternidade Esperança, Regional Nordeste: Iracema, Geovanir, Iana e Marineide.
Estejamos em sintonia e rezando pelo bom exito do Encontro.

segunda-feira, 18 de março de 2013

CAMINHADA PELA VIDA


Nos colocamos a caminho
De madrugada
Nos colocamos a caminho
Com pandeiros, tambores e cantos
Nos colocamos a caminho
Em mutirão
Nos colocamos a caminho
Porque trazemos muito amor no coração:
Amor à vida
Amor ao Autor da Vida!

Nosso grito de amor à Vida
Rompe o silêncio da madrugada
E ganha as cores da alegria
No rosto de cada jovem.

Nosso grito de amor à Vida
Nos faz silenciar
E retomar o compromisso
Do cuidado com a Terra, a ÁGUA
Com toda a criação.

Nos colocamos a caminho
E em mutirão carregamos a cruz
Porque não podemos calar
Enquanto nossos irmãos jovens
Estão morrendo.

Nos colocamos a caminho
Do nosso jeito jovem
Para cantar, para dizer
Que amamos a vida
Que amamos viver
Que queremos viver
Que vale a pena viver
Que temos muitas razões para viver!

Nos colocamos a caminho
Porque acreditamos
Que o jovem Jesus de Nazaré
É o “Caminho, a verdade e a Vida”
E é com a força Dele
Que queremos juntar nossas mãos
Para construir, para conquistar
Mais vida para nós e nossos irmãos.

Nos colocamos a caminho
Porque é o fogo do Espírito Santo
Que nos inquieta, incomoda, desacomoda
E nos impulsiona
A querer transformar
Nosso ser, nossa casa, nossa cidade
O mundo!

Nos colocamos a caminho
Porque sonhamos
Acreditamos
Vacilamos
Retomamos
Caímos
Nos unimos
Transformamos

Nos colocamos a caminho
Porque temos fé
Fé no Deus da Vida
Razão de nossa vida e nossa alegria!

Nos colocamos a caminho
Para também dizer:
“Eis-me aqui! Envia-me Senhor!”


I. Cristiane Inês Schvaab
Por ocasião da Caminhada pela Vida
Pastoral da Juventude – Nova Russas